As entidades que integram a Campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" discutem hoje, na Câmara dos Deputados, a criação do “Dia Nacional Contra a Baixaria na TV”. A reunião começa às 18h. O movimento propõe que no dia 17 de outubro a população se mobilize para lutar contra o que chamam de "baixaria", encontrada na programação da televisão brasileira. A data foi escolhida para coincidir com o Dia Mundial pela Democratização da Comunicação.

Desligar os aparelhos de televisão durante determinada hora, promover a discussão da "baixaria" na TV em congregações religiosas e estimular a população para que denuncie o desrespeito aos direitos humanos na programação de televisão são algumas ações propostas para o dia 17 de outubro. O slogan será “Faça uma ação contra a baixaria na TV”.

Segundo o coordenador da campanha, deputado Orlando Fantazzini (PT/SP), é necessário que haja um dia de protesto para que as entidades civis e a população possam expor sua opinião sobre a programação televisiva. “Temos a convicção de que será um dia exitoso e esperamos que o governo se sensibilize porque as emissoras não respeitam o telespectador”, afirma Fantazzini.

A Campanha “Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania” é um movimento da sociedade civil e da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, criado em novembro de 2002, que promove o respeito aos direitos humanos e à dignidade do cidadão nos programas de televisão. Integram o movimento, entre outras entidades, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Conselho Federal de Psicologia, a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis (ABGLT) e o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea).