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Avicultura nacional tem perspectiva otimista, mas cautelosa, para 2010

Alana Gandra, Agência Brasil - 06 de janeiro de 2010 - 07:00

Rio de Janeiro - O cenário da avicultura brasileira em 2010 vai depender do comportamento do mercado externo, para onde são direcionados 30% da produção do setor. “Nós estamos na dependência também de como vão ser as exportações brasileiras de carne bovina, porque isso acaba se refletindo também na produção de carne de frango”, disse à Agência Brasil o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Ariel Mendes.

A expectativa, porém, é de crescimento da economia brasileira em 2010. “Também é um ano de eleição. Então, vai ter mais dinheiro girando na economia. E a expectativa é de que, com isso, haja aumento do consumo de carne no mercado interno”. Segundo Mendes, a avaliação geral é de otimismo cauteloso.

O setor, que vinha crescendo no passado a um ritmo de 10% ao ano em função do aumento das exportações, deve rever seu planejamento para crescer, a partir de agora, em base mais real. “A expectativa é de que continue crescendo e gerando mais empregos do que gerou em 2009”, afirmou o presidente da UBA.

A avicultura nacional é responsável por cerca de 5 milhões de empregos diretos e indiretos. “É um setor altamente empregador”. Ariel Mendes destacou duas características do setor - a mão de obra é especializada, com a grande maioria de empregos gerados em cidades do interior, especialmente na parte de abate, onde não existe outro tipo de indústria, e está baseada na pequena propriedade.

O presidente da UBA assegurou que um dos principais entraves que têm de ser solucionados em 2010 para garantir maior desenvolvimento à avicultura é a questão tributária. “Nós temos uma questão de tributação de alimentos que é perversa. Nós não precisaríamos pagar tanto imposto sobre alimentos, no caso específico do frango, que é uma proteína de qualidade e fundamental para a saúde das pessoas”. A demanda do setor junto ao governo é de desoneração da carne de frango no que se refere ao PIS/Cofins, cuja carga é hoje de 9,75%.

Outra reivindicação se refere à questão cambial. Mendes insistiu que o dólar no patamar de R$ 1,70 ou R$ 1,80 acaba tirando a competitividade do país na exportação. “As empresas que são mais focadas na exportação estão trabalhando no vermelho, com prejuízo”. Para ele, se essa questão não for resolvida, o setor exportador pode ficar inviável.

Edição: Graça Adjuto

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