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AVC e infarto em jovens são piores ou mais fulminantes?

Fonte: Hospital Albert Einstein

Redação - 01 de novembro de 2020 - 11:00

AVC e infarto em jovens são piores ou mais fulminantes?

Quanto mais jovem for a pessoa, pior o quadro de infarto ou AVC. Você já deve ter ouvido está afirmação, correto? E ela está certa, segundo o cardiologista do Einstein dr Marcus Gaz. Em indivíduos mais jovens, tais eventos tendem a ser mais graves, pois envolvem porções maiores do coração ou do cérebro. “Os entupimentos, normalmente, são mais graves e súbitos e de artérias maiores. Isso leva a infartos de pior prognóstico ou mesmo morte súbita.”

Idosos acometidos pelos mesmos problemas tendem a apresentar entupimentos mais lentos, progressivos e menos súbitos. O coração e o cérebro, assim, têm mais “tempo para se prepararem” antes de um infarto maior ou acidente vascular cerebral. Jovens, porém, têm mais chances de sobrevivência e recuperação sem sequelas.

Os jovens costumam ter mais reservas funcionais (órgãos mais saudáveis - saúde geral melhor), ausência de doenças prévias que possam atrapalhar a recuperação e menor taxa de complicações após esses eventos, tais como infecções hospitalares ou episódios hemorrágicos.

Há diferenças no AVC ou infarto que acometem jovens e idosos?
Sim, são diferentes. Apesar dos sintomas serem muito semelhantes nas duas faixas etárias, o que acontece em pacientes mais jovens é que, na maioria das vezes, esses eventos estão relacionados ao entupimento das artérias por trombos originados em outras partes do corpo.

“No entanto, observamos cada vez mais casos de infarto e AVC em jovens relacionados à aterosclerose, doença típica da terceira idade, que resulta no entupimento das artérias por placas de gordura (ateroma) e que é agravada por doenças como diabetes e hipertensão arterial”, explica o dr. Gaz.

É importante lembrar que pacientes mais jovens apresentam mais infartos e AVCs relacionados ao uso de entorpecentes, como a cocaína, a doenças autoimunes, causas genéticas ou congênitas (quando se nasce com uma doença).

Novos hábitos, aumento do número de casos
De acordo com o nosso cardiologista, as mudanças de estilo de vida, com mais pacientes jovens que são obesos, diabéticos e hipertensos, têm relação direta com o número de casos.

“Podemos dizer também sobre a maior facilidade para diagnosticar doenças em qualquer faixa etária, o que resulta em maiores taxas de diagnósticos de várias doenças. A ressonância magnética por exemplo consegue visualizar AVCs muito pequenos que no passado poderiam passar despercebidos e sem diagnóstico.”

O estilo de vida saudável, como sabemos, é fundamental para redução no risco de ocorrência de doenças cardiovasculares como AVC e infarto. Manter o peso, controlar o estresse, sair do sedentarismo, manter boa alimentação e passar por avaliações médicas de rotina são fundamentais para prevenção desses eventos.

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