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Geral

Avanço da Alca esbarra na questão agrícola, diz diretor

Alana Gandra/ABr - 08 de junho de 2004 - 18:00

O avanço da discussão sobre a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) dentro do cronograma previsto (janeiro de 2005) esbarra em um problema, que é a colocação do tema da agricultura na mesa de negociação. A avaliação foi feita pelo diretor geral adjunto da Organização Mundial do Comércio (OMC), Francisco Thompson Flores. Segundo ele, o mesmo se aplica em relação à Europa.

Ele esclareceu que, se não puder negociar agricultura nos acordos regional e bilateral, os países terão de esperar a decisão da Organização Mundial do Comércio, em Genebra, para poder realizar os acertos na área agrícola, no sentido de maior transparência, maior abertura de mercado, eliminação de subsídios e regras mais justas. Thompson Flores afirmou que não pode existir acordo regional ou bilateral sem agricultura na pauta. “Põe o resto e não põe agricultura? Quem vai fazer um acordo desses?”, indagou.

O diretor geral adjunto da OMC avaliou que a Alca, bem negociada, pode ser muito importante para todos os 34 países envolvidos. O Brasil, disse ele, não pode menosprezar o que representa, por exemplo, os mercados norte-americano e canadense para o país.

Thompson Flores declarou que o Brasil está envolvido no momento em três grandes negociações importantes, referentes à Alca, à União Européia e à OMC. “Estamos jogando em três tabuleiros importantes e complicados”, afirmou.

Acrescentou, entretanto, que a expectativa é de ganho nos três. “Tem que ser. Senão não tem acordo. Não há país que feche um acordo que não interessa. Então, é melhor não ter acordo”, manifestou.

Francisco Thompson Flores participou no Marriott Hotel, em Copacabana, zona sul da cidade, do Simpósio “O Setor Empresarial e o Desenvolvimento”, evento paralelo à Pré-Conferência da Unctad (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento), que ocorre desde ontem no BNDES.

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