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Auxílio-doença será calculado pelas regras antigas
O ministro da Previdência Social, Romero Jucá, reuniu-se hoje com os presidentes da CUT, Luiz Marinho, e da CGT, Paulo Pereira da Silva, e disse que o governo voltará atrás num dos principais pontos da MP 242: o cálculo do auxílio-doença será feito com base na média dos 80% maiores salários de contribuição, como era antes, e não mais com base na média das últimas 36 contribuições, com o valor do benefício não podendo exceder ao valor do último salário do trabalhador, como estava proposto. A reunião, na sede da CUT, em São Paulo, terminou há pouco.
Jucá disse que existe a disponibilidade, por parte do governo, de modificar outros pontos da MP, e acrescentou: A preocupação do presidente Lula é de que as decisões do governo estejam em sintonia com os interesses dos trabalhadores. Não é intenção do governo cometer injustiça ou cortar direitos.
Marinho disse a Jucá que aos trabalhadores interessa resolver o problema. E completou: Queremos saber quando e onde?. O ministro respondeu acertando uma reunião de trabalho com eles, na semana que vem, desta vez com a presença do líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do relator da MP, cujo nome deve ser definido brevemente.
Paulinho reforçou: A nossa preocupação é com as garantias do trabalhador. E ouviu de Jucá que a única intenção do governo é regular o auxílio-doença: Hoje isso é um problema para o País, visto que pagamos um total de benefícios como se vivêssemos uma epidemia.
Também estiveram na reunião representantes de entidades de aposentados e pensionistas. (João Alberto Ferreira)