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Autorizada comercialização da vacina contra Leishmaniose

Aquidauananews - 29 de outubro de 2004 - 13:17

A primeira vacina produzida no mundo contra a Leishmaniose recebeu autorização do Ministério da Agricultura para ser comercializada no país. A vacina chamada Leishmune foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O produto de uso veterinário é utilizado nos cães, principais hospedeiros do protozoário que transmiste a doença.

A Leishmaniose é conhecida no Brasil desde 1885. A doença ataca principalmente o fígado e o baço, causando anomalias que chegam a provocar deformidades na pessoa infectada. O principal agente transmissor é a fêmea do mosquito Palha, como é conhecida na maior parte do país a espécie Phlebotomo.

De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Leishmaniose atacou mais de 44 mil pessoas nos últimos 20 anos. Há algum tempo, estados da região Nordestes e parte do Pará registravam a maior incidência de casos da doença. Nos últimos anos, há registros em pontos das regiões Centro-Oeste - especialmente nas cidades de Unaí e Paracatu, em Minas Gerais - além de Bauru, em São Paulo.

Para o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Márcio Fonseca, o uso da vacina pode ajudar a erradicar a doença no país. “É um avanço fantástico. Como lido com isso há muitos anos, a grande esperança que eu tinha era ver a vacina para uso humano. Mas já vi a de cães, o que representa um grande passo para a erradicação da doença. Eu tenho a certeza de que nos próximos anos teremos a vacina humana”, aposta.

A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, Marcia Villa, faz, no entanto, um alerta para a segurança dos animais. Segundo ela, os cães vacinados podem ser confundidos com animais infectados pela doença. "O problema é que os exames de sorologia que existem no momento não conseguem diferenciar os animais doentes dos animais que estão produzindo anticorpos por causa da vacina." Segundo ela, já há discussões para desenvolver testes que consigam reconhecer essa diferença.

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