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Aumento no padrão de chuvas precisa ser estudado

Agência Brasil/Mariana Jungmann - 03 de dezembro de 2009 - 14:24

O aumento das chuvas em algumas regiões do país deve ser estudado para evitar novos blecautes como o do último dia 10 de novembro. Essa é a opinião do diretor de comercialização de energia de Furnas, Cezar Zani.

“A mudança climática está sendo muito discutida. Existem posicionamentos divergentes, mas o fato é que tem que ser investigado, tem que ser analisado. Acredito que realmente tem que se investigar essa questão de aumento de chuvas”, afirmou Zani ao sair de audiência pública nas comissões de Assuntos Econômicos e Serviços de Infraestrutura do Senado hoje (3).

De acordo com ele, caso seja detectado aumento dos índices pluviométricos, o próximo passo será rever o sistema de isolamento das torres de alta tensão. Os isoladores funcionam para não permitir que os cabos de alta tensão eletrifiquem toda a torre, além de evitar curtos-circuitos. Atualmente, a norma brasileira determina que esses equipamentos devem atuar dentro de um padrão de chuvas de até um milímetro por minuto. A norma também pode precisar ser revista, caso se confirme mudanças nos índices pluviométricos.

“Furnas já vem investigando soluções. Nós contratamos o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel) para investigar isso. Então estamos analisando distância de escoamento, a possibilidade de usar uma graxa de silicone ou um produto chamado RTV. Alguns [testes] foram bem sucedidos outros não”, afirmou o diretor de Furnas.

Até o momento, a melhor opção encontrada para evitar que as chuvas intensas diminuam a suportabilidade dos isoladores foi um equipamento conhecido como chapéu chinês. Ele atua como um guarda-chuva sobre o isolador, impedindo que a água escorra por ele formando uma película condutora de eletricidade.

“A gente torce que a experiência com o chapéu chinês seja bem sucedida, porque ele é de implementação fácil e rápida, além de ser barato”, explicou Zani. Segundo ele, estão sendo feitos testes no Cepel para ver o desempenho do equipamento antes de colocá-lo nas torres.

O diretor de Furnas também afirmou que não tem nenhum receio de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) penalize a companhia pelo blecaute que deixou 18 estados sem energia. “Nenhum equipamento de Furnas falhou, tudo funcionou dentro das normas. Não há nenhum risco de a Aneel penalizar a empresa por alguma falha nos equipamentos”, concluiu.

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