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Aumento de telefone pressionou IPC na semana passada

Cristina Índio do Brasil / ABr - 25 de julho de 2005 - 15:47

As tarifas públicas voltaram a influenciar o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), na apuração da semana que terminou em 22 de julho de 2005. A maior elevação foi provocada pelo impacto do reajuste da Tarifa de Telefone Residencial, que entrou em vigor no dia 3 de julho. O item passou de 2,04% para 3,26% de uma semana para a outra. A alta foi compensada, em parte, pela queda da Tarifa de Eletricidade Residencial nas cidades de Recife e São Paulo.

O Coordenador do IPC Brasil do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Furtado Braz, disse que o impacto da Tarifa de Telefone vai se estender ao longo do mês e que nesta semana ficou semelhante à taxa do Índice. "Ainda estamos captando, no momento, uma pressão forte na parte de administrados, por conta de Tarifa de Telefonia Fixa, que está representando ao todo mais do que todo o IPC-S. Se o IPC fosse calculado somente com base em Telefonia, a variação teria sido de 0,14%, 0,02 ponto percentual, acima do que foi divulgado hoje. Da mesma forma se nós extrairmos do IPC-S o efeito da Telefonia Fixa encontramos taxa negativa e ele seria – 0,02%. Senão fosse a presença desse administrado a taxa no momento seria mais baixa", explicou.

Mesmo assim, o economista considerou um bom resultado, a taxa da terceira semana de julho, ficando com variação de 0,12%, o que representou desaceleração se comparado à taxa anterior, quando variou 0,14%. "Nós esperávamos, que a taxa viesse um pouco acima da semana passada e ela veio um pouco abaixo, isso porque, pressões que nós esperávamos receber do grupo Alimentação não se confirmaram. Produtos que já estariam entrando em período de entressafra como laticínios e carnes bovinas mostraram continuidade na redução de seus preços. Então, isso favoreceu a manutenção da taxa do grupo de Alimentação no mesmo patamar que da semana anterior, até mais baixo, como foi o caso dessa edição", analisou.

Para o economista, a parte de Hortaliças e Legumes e Frutas também apresentou uma trégua. Ele informou que apesar do item Hortaliças e Legumes mostrar aceleração na taxa e ficar menos negativo que na semana passada, a parte de Frutas sofreu desaceleração expressiva, onde a taxa saiu de 5% para 3%. "Acabou compensando o efeito da aceleração de Hortaliças permitindo que Alimentação ampliasse um pouco mais a deflação ficando em – 0,68% nessa semana", afirmou.

Segundo André Furtado Braz, do total de 21 gêneros que compõem o grupo Alimentação, 15 apresentaram taxas negativas. Além disso, houve 12 desacelerações. "Existe um cenário muito favorável na parte de Alimentos. Apesar do atacado ter registrado alguma pressão de alimentos in natura e de alimentos processados, isso ainda não chegou ao varejo. Isso acabou beneficiando a manutenção do IPC-S próximo ao patamar da semana passada sendo a taxa até um pouco mais baixa", avaliou.

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