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Aumento da Selic segura inflação no varejo, diz pesquisa

Stênio Ribeiro/ABr - 20 de setembro de 2004 - 14:51

Brasília – O aumento da taxa básica de juros (Selic), que passou de 16% para 16,25% na semana passada, foi suficiente para parar a evolução da inflação no varejo, de acordo com as expectativas do mercado financeiro. Pesquisa semanal realizada pelo Banco Central que dá origem ao Boletim Focus, divulgado todas as segundas-feiras, mostra que os prognósticos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantêm no patamar de 7,37%, igual ao da semana anterior, embora eleve a projeção para o ano que vem: de 5,70% para 5,80%.

Além disso, indica que o Índice de Preços ao Consumidor medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo permanece igual à semana anterior, quando marcava inflação anual de 6,59%. Da mesma forma, o acumulado dos reajustes de preços administrados (combustíveis, energia, telefonia e serviços em geral) deve fechar 2004 em 8,45%. O IPCA deste mês deve ser mesmo de 0,60%, caindo para 0,46% em outubro. Mas, na perspectiva para os próximos 12 meses evolui de 6,19% na semana passada para 6,25% agora.

O mercado não acredita, porém, que a taxa básica de juros se mantenha em 16,25% e já trabalha com a possibilidade de aumento de mais 0,25 ponto percentual no mês que vem, chegando a 16,75% no encerramento do ano. Esse panorama encarece o custo do dinheiro, dificulta o crédito para investimento e reduz a expectativa de crescimento da produção industrial, que vinha evoluindo gradativamente a cada pesquisa do BC e agora permanece na mesma base, de 6,50%, mostrada na semana passada.

Essas projeções consideram a manutenção de um contexto em que a taxa de câmbio termine o ano em R$ 3,02 por dólar, contra R$ 3,05 no Boletim Focus da semana anterior, além de a dívida líquida do setor público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) manter a equivalência de 56,50%. Tal fato se comprova porque o mercado estima crescimento de 4,36¨para o PIB deste ano, acima da projeção anterior, de 4,31%. A perspectiva para 2005 caiu, porém, de 3,60% para os 3,50% projetados anteriormente.

Enquanto isso, as projeções do mercado apontam para a subida constante do saldo da balança comercial, que deve marcar este ano o recorde histórico de US$ 31,50 bilhões (previsão era de US$ 31 bilhões na semana passada). Em conseqüência, eleva, também, a estimativa de superávit comercial para o ano que vem, de US$ 26,10 bilhões para US$ 26,20 bilhões.

A despeito, porém, da saúde financeira das contas externas e da reclassificação do país no “ranking” mundial de confiabilidade, as instituições e analistas ouvidos pelo BC reduziram, de US$ 10,04 bilhões para US$ 10 bilhões, a projeção para a entrada de investimentos estrangeiros neste ano. Caiu, também, a estimativa de investimentos para o ano que vem: de US$ 13 bilhões para US$ 12,95 bilhões.

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