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Aumento da energia deve ser de 11%, admite governador
O governador André Puccinelli (PMDB) disse esta manhã que a sinalização seria de reajuste de 11% para a energia em Mato Grosso do Sul, abaixo do pleiteado pela empresa (21,7%) e acima do que espera o governo. Puccinelli chegou a dizer que queria reajuste zero. A reunião para definição do percentual será amanhã, em Brasília.
Ele não cogita reduzir o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) que o governo cobra sobre a conta, hoje em 25%, como forma de amenizar para o consumidor. Para o governador, a Enersul é quem ganha muito.
Segundo Puccinelli, a empresa cobra 33% acima do valor da energia paga nos demais estados do Centro-Oeste e 18% acima da segunda tarifa mais elevada do País. Ele disse ainda que a Cemat, concessionária do Mato Grosso, paga à geradora de energia R$ 131 por megawatt e distribui por um valor inferior ao praticado pela Enersul, que paga R$ 118 pelo MW.
O governador reclamou da falta de divulgação de informações acerca do reajuste. O assunto entrou em pauta na semana retrasada, depois que deputados chamaram diretores da empresa para explicar a composição da tarifa. Na semana passada, o próprio governador foi à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), reguladora do setor, cobrar explicações. Depois que a viola foi pro saco, eles abriram o flanco, disse sobre a divulgação da proposta de reajuste já na reta final.
Puccinelli não culpa o contrato de concessão para os reajustes elevados. Para ele, a responsável é a agência de regulação. O governador lembrou que a privatização da operadora em MS foi a melhor do País, com ágio de 90% ao valor inicial para venda. As declarações de Puccinelli foram feitas após reunião no Sebrae sobre planos de desenvolvimento regional.