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Audiência Pública vai discutir rastreabilidade

Famasul - 26 de maio de 2004 - 14:44

Foi aprovado por unanimidade na Câmara Federal, esta manhã, a realização de uma audiência pública para discutir as normas de rastreabilidade do Sistema de Identificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A informação é do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) Leôncio de Souza Brito Filho, que participou da audiência em Brasília. De acordo com Léo Brito o pedido para a realização da audiência foi encaminhado pelo deputado federal Waldemir Moka, à Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. Moka que a várias semanas vem discutindo o assunto com produtores rurais e profissionais do setor de Mato Grosso do Sul, defendeu a necessidade de uma ampla discussão centre todos os elos da cadeia produtiva da carne com o Ministério da Agricultura. "Essas normas são resultado de um lobby poderoso dos frigoríficos e das certificadoras que insistem nessa exigência que é absurda", declarou o deputado, afirmando que sabe da importância da rastreabilidade porém não da forma que esta sendo imposta. Entre os itens mais questionados pelos produtores está o a exigência de rastreabilidade para 100% do rebanho do país. De acordo com Moka os grandes países exportadores de carne como Argentina Austrália e Uruguai, tem no máximo 12% do rebanho rastreado. Outro ponto que está gerando polêmica é o prazo dado pelo ministério para entrada no sistema. Após 30 de maio somente poderá ser abatido pelos frigoríficos o gado rastreado há mais de 90 dias, ou seja, que já esteja rastreado hoje. Na realidade apenas 10% do rebanho nacional que é de 180 milhões de cabeças já esta cadastrado no Sisbov.

Para Léo Brito a classe produtora de todo país está aguardando com muita expectativa a realização da audiência e a mudança nas regras do Sisbov, que segundo ele inviabilizam a pecuária. "Esta não é uma reivindicação de Mato Grosso do Sul, é de todo país, em especial dos Estados do centro oeste que são hoje os principais produtores e exportadores de carne bovina do país. Somos favoráveis a rastreabilidade, queremos apenas corrigir algumas normas que são inexeqüíveis", afirmou o presidente da Famasul.

CNA também discute rastreabilidade

Nesta quinta-feira, os impasses causados pela novas normas do Sisbov para a rastreabilidade de bovinos volta a ser discutida em Brasília. A Comissão Nacional da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vai se reunir com representantes de todos os Estados, para levantar principais necessidades de mudanças.

A Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) foi a primeira a realizar um fórum Estadual para discutir os problemas da rastreabilidade entre autoridades do setor, técnicos e produtores rurais e já encaminhou suas reivindicações ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.


Autor:
Eudete Petelinkar

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