O secretário da Diversidade e Identidade Cultural, do Ministério da Cultura, Sérgio Mamberti, que acompanha em São Paulo o velório da atriz Lélia Abramo, lembrou que ela sempre lutou por justiça. “Sua vida foi uma paixão, uma mulher extremamente apaixonada pelo ser humano, que acreditava realmente numa sociedade justa e igualitária, que lutou por isso a vida inteira”, destacou. Mamberti esteve com Lélia na última aparição pública da atriz, no dia 31 de março, no Teatro Elis Regina, durante um evento sobre os 40 anos do Golpe Militar.

Mamberti lembrou que Lélia manteve a lucidez até o final da vida. Amiga pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela estava otimista com o governo do PT, mas pedia que o partido não abandonasse a postura crítica e os propósitos originais, principalmente em relação à política cultural. A capacidade de liderança era uma das qualidades de Lélia mais admiradas por Mamberti.

Uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT), Lélia morreu na noite de ontem, em conseqüência de embolia pulmonar e falência múltipla dos órgãos. Mamberti conheceu a atriz na década de 50, quando ela estreou no teatro com a peça “Eles não usam Black Tie”.