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Atletas paraolímpicos esperam melhor resultado em Atenas

Luciana Vasconcelos e Iolando Lourenço /ABr - 07 de setembro de 2004 - 09:58

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem, no Palácio do Planalto, a equipe paraolímpica brasileira, que embarca quinta-feira (9) para a Grécia. Será a oitava vez que o Brasil participa dos Jogos Paraolímpicos. A delegação é de 170 pessoas, a maior desde que o país começou a participar da competição. São 98 atletas, que vão disputar os jogos em 13 modalidades em Atenas.

Em Atlanta (EUA), em 1996, a delegação brasileira tinha 56 atletas e trouxe 21 medalhas. Nos últimos jogos em Sidney, na Austrália, o Brasil levou 64 atletas e conquistou 22 medalhas. Em Atlanta, a equipe brasileira foi a 35ª colocada e, em Sidney, a 24ª. A meta para este ano é ficar entre as 20 melhores equipes do mundo, disse o diretor-técnico da delegação, Cléber Veríssimo.

Ele disse que o apoio do governo, com patrocínio da Caixa Econômica Federal, por exemplo, é muito importante para os atletas. "Com esse apoio melhor, a gente está traduzindo isso não só dentro das quadras e das pistas. A gente espera que o resultado seja bem melhor que em Sidney", afirmou. "A reabilitação, no sentido estrito da palavra, você consegue melhor com essas pessoas fazendo alguns esportes", acrescentou.

O diretor médico da delegação, Roberto Vital, disse que, apesar das preocupações com lesões, os atletas paraolímpicos não são tão frágeis quanto se imagina. Segundo ele, apesar das lesões serem mais difíceis de ser tratadas, os atletas são fortes. "A nossa maior preocupação é com o calor que vamos enfrentar em Atenas", afirmou.

Os atletas comemoraram a audiência com o presidente e afirmaram que já estão prontos para a competição. A atleta Roseane Ferreira dos Santos, ganhadora de medalha em lançamento de disco e arremesso de peso, disse que se sentia "com toda energia do mundo" por estar em Brasília. O nadador Clodoaldo Silva, de 25 anos, recordista mundial nos 50m e 100m, sente-se preparado para a competição. "Se eu não der o meu melhor, não trouxer medalhas, vou ficar feliz da mesma forma, porque vou saber que cheguei lá e fiz o que tinha que fazer: nadar muito e representar bem o Brasil", afirmou.

Segundo o nadador, por onde passa, a delegação brasileira é muito respeitada. "Gostaria de que fosse respeitada em outras áreas", disse o atleta, afirmando que ainda existe preconceito contra o deficiente. Mizael de Oliveira, jogador de futebol de sino, ressaltou a importância do esporte para o deficiente, que segundo ele, representa "um resgate da auto-estima e da cidadania".

Na primeira edição dos Jogos Paraolímpicos, em Roma, em 1960, participaram 400 atletas de 23 países. Neste ano, o número de atletas competindo será o maior da história: quatro mil, representando 145 países. A Paraolimpíada será realizada de 17 a 30 deste mês.

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