Apenas 14,7% dos distritos e municípios de Mato Grosso do Sul têm coleta de esgoto sanitário. A realidade do Estado faz parte do Atlas de Saneamento lançado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo reúne dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico e Censo Demográfico, ambos referentes ao ano 2000. Das 163 localidades, entre distritos e municípios de MS, só 24 contam com rede de coleta e em apenas 19 deles é feito o tratamento dos dejetos. Em Campo Grande menos de 20% dos moradores têm o serviço. Entre a população não atendida pela rede de esgoto, a modalidade mais difundida no estado é a fossa rudimentar, com 80% dos domicílios onde os dejetos são despejados em córregos e rios. Também em relação ao destino, o menor índice de tratamento de esgoto é verificado na Região Norte, onde apenas 2,4% dos domicílios são atendidos. Em seguida estão a Região Nordeste (14,7%), Centro-Oeste (28,1%) e Sul (28,1%). A Sudeste apresenta o melhor atendimento, mas, mesmo assim, cobre pouco mais da metade (53%) dos domicílios da região. O Atlas mostra que em quase 20 anos do Planasa (Plano Nacional de Saneamento) o país não conseguiu se aproximar da meta de estabelecida que era atender 65% da população com o serviço de esgotamento sanitário.