O desempenho das atividades industriais das empresas de Mato Grosso do Sul segue fraco. A Sondagem Industrial, realizada em abril deste ano pelo Radar Industrial da Fiems, aponta que a atividade não apresenta sinais de expansão.

De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, quando confrontado com março, abril marcou o 11º resultado consecutivo sem crescimento da produção. “Já na comparação contra o mesmo mês do ano anterior se constata que o desempenho foi ainda pior, com o índice de evolução marcando 39,2 contra 47,7 pontos.Tanto em 2015 quanto em 2014 os resultados ficaram abaixo da linha indicativa de expansão”, afirma.

Segundo informações da Fiems, a utilização da capacidade instalada segue abaixo do usual, sendo que em abril a ociosidade média em Mato Grosso do Sul atingiu 31%. “O índice marcou 35,6 pontos em abril, queda de 4 pontos em relação a março. Já no comparativo com abril de 2014 a queda foi ainda maior, de 10,3 pontos”, comenta o coordenador.

Resende afirma que o cenário econômico nacional continua támbém sem sinais de recuperação no curto prazo e o aumento do pessimismo acabaram com as expectativas dos empresários de Mato Grosso do Sul. “A expectativa em relação à demanda por seus produtos, quantidade exportada, número de empregados e compras de matérias-primas marcaram 42,6, 42,3, 46,9 e 43,8 pontos, respectivamente”, comenta.

Índice de confiança- O ICEI/MS (Índice de Confiança do Empresário Industrial) segue nos mais baixos patamares da série histórica com maio de 2015 marcando o 2º pior resultado em Mato Grosso do Sul, sendo o 10º mês consecutivo com o índice inferior aos 50 pontos. “O ICEI marcou 36,4 pontos em abril. O resultado permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos, principalmente, pelo pessimismo apresentado em relação às atuais condições da economia brasileira, sendo a variável de pior desempenho, marcando somente 20,7 pontos”, detalha.

Sobre a intenção de investimento do empresário industrial de Mato Grosso do Sul, ela segue nos mais baixos índices já registrados, com o industrial mostrando-se pouco confiante em relação aos investimentos para os próximos seis meses.