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Geral

Atividade física, esporte e os super-humanos

Gazeta Esportiva - 01 de novembro de 2017 - 11:00

Profissionais da área de Educação Física e Esporte costumam receber muitas perguntas sobre o desempenho esportivo, treinamentos suplementos, etc. Muitas pessoas, principalmente os jovens que gostam da competição, se entusiasmam ao ver disputas de habilidades, capacidades, táticas e emoções.

O esporte é realmente encantador. Contudo, ser atleta e estar envolvido na prática esportiva vai muito além do espetáculo e do gosto pelo esporte. O nível competitivo envolve dedicação extrema, desapego familiar e social, foco emocional, convivência contínua com a dor e o esforço na maioria das vezes além do saudável. É conviver com um turbilhão de emoções, sensações e experiências que somente verdadeiros super-humanos podem suportar.

Viver com a dor, com o risco, medo, com a pressão social e pessoal, na qual o resultado positivo significa a sobrevivência, definitivamente, não é para qualquer mortal. Esses fatos mostram que o esporte, enquanto profissão, é utópico. Ele é para poucos.

Nesse sentido, é preciso desfazer a grande confusão que se faz ao misturar o esporte com a atividade física, o exercício e o jogo. De maneira errada, muitos pais e até mesmo professores transferem o sonho esportivo de glória para a vida de crianças carentes ou para pessoas comuns, trazendo ao esporte uma responsabilidade social da qual ele não é capaz de lidar.

A atividade física regular, por sua vez, dentro de um jogo ou modalidade, sem intuito de competição ou de profissionalismo, com uma grande carga de ludicidade e cooperação é quem pode ter um papel social importante. É aí que entra a missão inclusiva do profissional de educação física, que deve difundir seu conhecimento não de forma a estimular competição, mas a estimular uma vida ativa.

Para isso, é preciso fazer o jovem experimentar movimentos e modalidades, de modo que entenda e tente descobrir qual gosta mais, compreender o que é necessário fazer para que se consiga melhorar uma habilidade que goste e quando quiser se desenvolver de maneira inteligente, poder praticá-la sem pensar em comparação com o melhor ou com o pior. Mas, fazê-la com prazer, em situações de cooperação, de maneira regular. Tudo em prol de uma vida definitivamente saudável!

Cristiano Parente - Professor e Coach de educação física, eleito em 2014 o melhor personal trainer do mundo em concurso internacional promovido pela Life Fitness. É CEO da Koatch Academia e do World Top Trainers Certification, primeira certificação mundial para a atividade de educador físico.

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