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Ata do Copom mostra política de redução dos juros

Edla Lula/ABr - 22 de dezembro de 2005 - 09:33

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) sinaliza que a política de redução dos juros vai continuar em 2006, dando espaço para uma redução da taxa real de juros. De acordo com a ata da última reunião, que ocorreu nos dias 13 e 14, melhorou a percepção de risco na economia brasileira, o que permitirá ao comitê dar continuidade ao processo de
redução da taxa básica de juros iniciado em setembro.

"A convergência ininterrupta da inflação para a trajetória de metas e a resultante consolidação de um cenário de estabilidade macroeconômica duradoura contribuirão para a manutenção do processo de redução progressiva da percepção de risco macroeconômico que vem ocorrendo nos últimos anos", diz o documento.

O comitê alerta, entretanto, que é graças à atuação cautelosa da política de juros que há a probabilidade de convergência da inflação para a trajetória de metas, o que indica que a redução da Selic continuará se dando em velocidade lenta. A redução praticada nos últimos meses tem sido de no máximo meio ponto percentual. Na última reunião, segundo a ata, dois membros do comitê chegaram a votar por uma redução de 0,75 ponto percentual porque consideravam que essa variação sinalizaria uma posição mais condizente entre a avaliação de risco da atividade econômica e a inflação. A maioria, no entanto, considerou que meio ponto "seria a decisão adequada, dado que corresponderia melhor à velocidade ótima de implementação desse processo de flexibilização e contribuiria para aumentar a magnitude do ajuste total a ser implementado". Com a decisão, a taxa básica caiu de 18,5% para 18% ao ano.

Embora tenha elevado a projeção do aumento do preço da gasolina em 2005 dos 7,6% previstos na reunião de novembro para 8,0% na última reunião, o Copom considera que a pressão inflacionária tinha caráter transitório, o que não contamina a tendência de equilíbrio na inflação.
Mas o documento alerta que "o Copom continuará acompanhando atentamente, nos próximos meses, a evolução da inflação e das diferentes medidas do seu núcleo, discriminando entre reajustes pontuais e reajustes persistentes ou generalizados de preços e adequando prontamente a postura da política monetária às circunstâncias, de forma a assegurar que os ganhos obtidos no combate à inflação até o momento sejam permanentes".

Pela previsão do BC, a atividade econômica deverá se recuperar nos próximos meses e continuar em expansão em 2006.

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