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Assembleia e Famasul defendem acordo e aguardam posição da JBS

Midiamax - 19 de outubro de 2017 - 09:40

O presidente da CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul, deputado Paulo Corrêa (PR) afirmou ontem (18/10) durante reunião com o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB) que já solicitou ao Poder Judiciário a realização de uma audiência de conciliação com a JBS para tentar resolver o impasse envolvendo o bloqueio dos bens da empresa e a paralisação das 7 plantas frigoríficas instaladas no Estado.

A Comissão aguarda agora uma posição da JBS, que deve fazer uma proposta de troca de garantias. Na reunião, Paulo Corrêa, Junior Mochi e Maurício Saito discutiram a necessidade do acordo após a JBS anunciar suspensão de compra e abate de animais, que atinge diretamente os produtores rurais do Estado.

“Demonstra-se neste momento o interesse de se fazer uma negociação. Nós temos que ter muito equilíbrio, até porque não queremos atrapalhar a economia mas, ao mesmo tempo, com tudo que nós descobrimos que aconteceu com este grupo, temos que tomar providencia. Para nos pressionar eles mandaram os funcionários na Assembleia, dizendo que nós bloqueamos os recursos financeiros deles e, da mesma forma, disseram que vão parar o abate, jogando os produtores rurais todos conta a Assembleia. Isso está errado. Agora eles estão propondo um acordo de substituição da garantia financeira por uma garantia imobiliária, mas isso tem que ser feito perante o poder judiciário. Nós vamos fazer isso de comum acordo com os colaboradores, os produtores rurais, o poder executivo e o Ministério Público Estadual, desde que eles mantenham todos os funcionários, garantindo o emprego e pagando todos os produtores rurais do jeito correto”, explicou Paulo Corrêa.

Já o presidente da Assembleia esclareceu que o contato com a JBS foi feito ontem (17) e que agora a Assembleia aguarda uma resposta da empresa para que seja possível fazer o acordo.

“Estamos neste momento esperando apenas que o JBS tenha a disposição de vir, sentar à mesa e discutir uma proposta. A Assembleia Legislativa recebeu a comissão dos colaboradores e sindicatos representante e fez o compromisso de sensibilizar o Poder Judiciário para que possa se fazer uma audiência de conciliação. Queremos que, na eventualidade de se comprovar as irregularidade no decorrer do processo judicial, o Estado possa ser ressarcido daquilo que foi irregular e que haja o compromisso de honrar com os empregos que hoje foram gerados e de honrar com os produtores, porque nada nos assegura, até o momento, que o desbloqueio vai garantir o cumprimento destas questões”, disse.

Para o presidente da Famasul, Maurício Saito, a atuação dos parlamentares é essencial para resolver o impasse sem prejudicar o setor produtivo e a economia do Estado.

“A JBS paralisou o abate em Mato Grosso do Sul e nós temos uma grande preocupação. Viemos na Assembleia em busca de uma conversa com o deputa Júnior Mochi e o presidente da CPI, deputado Paulo Corrêa, para externar a nossa preocupação em relação a esta situação. O deputado Paulo me fez o convite de ser membro participante em uma mesa de diálogo maior, como representante do setor produtivo, que é quem fornece a matéria prima, com a participação também do Poder Judiciário, governo do Estado e representante dos colaboradores. Agradeço aos dois parlamentares dizendo da importância da atuação deles neste momento de dificuldade pelo qual passa nossa atividade pecuária”, pontuou.

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