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Assassinato de vereador foi encomendado há dois meses

Marta Ferreira, Campo Grande News - 27 de outubro de 2010 - 11:05

O assassinato do presidente da Câmara de Vereadores de Alcinópolis, Carlos Antônio Carneiro, 40 anos, foi encomendado há pelo menos dois meses. É o que revela o depoimento do único envolvido que confessou o crime, Ireneu Maciel, 37 anos, preso em flagrante junto com Aparecido Sousa Fernandes, 34 anos.

Uma terceira pessoa, Valdemir Valsan, 43 anos, cunhado de Ireneu, também foi presa, como intermediador do crime. Os dois últimos negam participação no assassinato, segundo afirmou hoje, em entrevista coletiva sobre o caso, o delegado João Reis.

Sobre a pergunta que não cala, o mandante do crime, os presos silenciam. Ireneu afirma que não quis saber de quem se tratava e o cunhado dele, que ele diz ter sido o contratante, nega participação do crime. Para o delegado, Valdemir “sabe, mas não quer falar”.

De acordo com ele, Irineu foi o único que admitiu a autoria do assassinato e disse que houve duas tentativas anteriores de matar o vereador na cidade dele, que foram fracassadas. Irineu revelou que há dois meses esteve em Alcinópolis, onde ficou duas semanas hospedadas num hotel. Diante das dificuldades de fuga encontradas, por ser uma cidade pequena, ele desistiu de consumar o assassinato.

Pouco antes do primeiro das eleições, no dia 3 de outubro, Ireneu contou ter voltado à cidade, quando ficou mais duas semanas e novamente desistiu.

O delegado revelou que ele chegou a pensar em desistir do caso, mas como já havia recebido parte do valor prometido, R$ 3 mil de R$ 20 mil, resolveu cometer o crime em Campo Grande.

Aqui, contratou Aparecido Sousa Fernandes para dirigir a motocicleta e teria dito a ele que iria cobrar uma dívida de uma pessoa no hotel Vale Verde. “Ele sabia que o vereador estaria no hotel neste horário”. Carlos Antônio, segundo informações do hotel, teria marcado um almoço no lugar, mas quando chegou lá descobriu que o hóspede a quem deveria procurar não existia e que o local não serve almoço, indicando uma emboscada.

Corrida - Aparecido nega envolvimento com o crime. Ele diz que foi contratado apenas para fazer uma corrida para Ireneu, por R$ 10, e que ficou de longe esperando-o cobrar a dívida de uma pessoa. A polícia considera essa afirmação duvidosa pois Aparecido é pedreiro, e não trabalha com trasporte ou coisa do tipo. Ireneu também trabalha na construção civil e por isso se conheciam.

Como Valdemir também nega participação, Ireneu foi confrontado com essa negativa e disse acreditar que o cunhado está protegendo alguém, mas não sabe quem.

Os três foram presos em flagrante. Aparecido foi apresentado à imprensa esta manhã. Os outros dois também seriam, mas a viatura que os levava para a delegacia sofreu um acidente e eles foram levados para a Santa Casa de Campo Grande.

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