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Asfixia neonatal:Pesquisa identifica fatores de risco

Agência Notisa - 22 de agosto de 2005 - 14:01

Ao engravidar, toda mulher espera ter um bebê sadio. No entanto, algumas vezes isto não é possível devido a complicações durante a gravidez, o parto ou com o concepto. Uma das conseqüências pode ser a asfixia perinatal (sufocação, insuficiência respiratória), causa importante de morbidade e mortalidade neonatal. Com o objetivo de identificar os fatores de risco para a asfixia perinatal, pesquisadores da Hospital Geral de Bonsucesso fizeram um estudo com 277 recém-nascidos que nasceram na maternidade do hospital.

De acordo com artigo publicado na edição de novembro/dezembro de 2004 da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, “algumas causas de asfixia perinatal são inevitáveis, mas algumas outras podem ser evitadas prestando-se assistência à gravidez de alto risco em unidades com facilidades obstétricas e boa assistência neonatal”. Os fatores de risco analisados no estudo foram: idade materna, estado civil, grau de escolaridade, história obstétrica, assistência pré-natal, complicações clínicas e obstétricas foram analisados.

A equipe constatou que dos 277 recém-nascidos, 14% apresentaram asfixia neonatal. O estudo mostra também que estão incluídos nos fatores de risco, que contribuem para o aumento da probabilidade de ocorrência de asfixia, o antecedente de natimorto (já ter tido um filho nascido morto), a ameaça de parto prematuro, o baixo peso ao nascer, o antecedente de cesariana e o número de consultas pré-natais. Segundo os pesquisadores, “a visão de que a cesariana é fator de risco para asfixia apresenta um viés, uma vez que grande parte das operações cesarianas já tem como indicações o comprometimento fetal ou parto prematuro, na presença de sofrimento fetal crônico que obriga a antecipação do parto, ou seja, a asfixia é prévia à cesariana e não por ela determinada. Na verdade a operação é feita como forma de tratamento da asfixia”.

Apesar disso, os pesquisadores alertam para a importância de as pacientes portadoras dos fatores de risco serem encaminhadas dentro do sistema de saúde para unidades onde possam receber assistência de acordo com o risco. “O planejamento da assistência pode beneficiar-se com a previsão do risco e a providência de equipe especializada em ressuscitação neonatal”, afirmam no artigo.

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