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As negociações sobre a reforma sindical
As negociações sobre a reforma sindical entre trabalhadores, empregadores e governo continuam hoje, como parte do Fórum Nacional do Trabalho. Após a discussão das propostas, o projeto deverá ser encaminhado ao Congresso Nacional, no dia 17 de fevereiro. Em março, serão iniciadas as negociações para a reforma trabalhista.
Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, serão necessárias grandes modificações na política do governo para a diminuição das taxas de desemprego, principalmente nos grandes centros brasileiros. Para 2003 a CUT já esperava que não houvesse diminuição nas taxas de desemprego, pois a economia estava em crescimento. As nossas expectativas de crescimento estão em 2004. Além do crescimento da economia, o governo precisa olhar para a questão do emprego. Será necessário grande investimento no setor público, afirmou.
Marinho, que participou de uma das reuniões do fórum, sugeriu que é importante investir nas frentes de trabalho, que são capazes de gerar empregos em todas as regiões do país. O maior problema do desemprego está nas grandes cidades. Com um maior investimento na construção de rodovias e ferrovias, no saneamento básico, entre outros, as frentes de trabalho, além de melhorias para a cidade, gerarão também empregos para a população, acrescentou.
As negociações giram em torno de três grupos de trabalho: organização sindical, negociação coletiva e sistema de negociação e conflitos. Segundo Luís Marinho, as propostas dos trabalhadores que ainda não foram aceitas e estão em negociação são: a liberdade da autonomia sindical, o fim da obrigatoriedade do Imposto Sindical e um acordo entre trabalhador e empregador, em substituição às negociações lideradas pela Justiça.