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Geral

Artigo:Manoel Afonso escreve sobre a importância do erro

09 de junho de 2008 - 14:28

SÓ QUEM ERRA MUITO ACERTA TANTO!


À título de intróito vale lembrar a reflexão do francês Jacques Bonhomme sobre a teoria dos três sons, que resumem tudo o que o homem busca ao longo da vida: o alarido das palmas, o tilintar das moedas e o sussurro das mulheres. Nenhum homem se realizará, plenamente, se ao menos uma vez na vida não tiver contato com eles.
Michael Jordan, o maior fenômeno do basquete dos Estados Unidos, aparece num vídeo-propaganda onde admite “Eu errei muito. Por isso acertei tanto”! Claro que ele se referia aos lances de arremesso de bola que não acertaram o aro, não balançaram a rede e não foram convertidos em pontos. Mas a sua perseverança no aprimoramento de sua técnica para chegar à eficiência só foi possível com todas as suas tentativas, inclusive as frustradas.
No mundo atual da acirrada competição por um lugar ao sol, há uma cobrança até desumana, pelo desempenho eficiente. O quadro é tal que chega a inibir boa parte dos pretendentes de plantão e em muitos casos provocando complexos e até crises existências. Há um ambiente estimulado pela mídia enaltecendo os vencedores e a benesse do sucesso, mas sem levar em conta vários aspectos que envolvem cada caso. A mídia “esquece” a individualidade do ser humano e generaliza. E não é por aí.
Nem sempre se consegue o aplauso ou o dinheiro como num passe de mágica. Imaginem: se todos os cantores calouros fizessem sucesso na estréia não teríamos espaço para tanta gente. Mas se todos os reprovados nas primeiras tentativas tivessem desanimado, teríamos déficit de estrelas. É também assim com o iniciante no cinema, nos esportes, na iniciativa privada e nos concursos de um modo geral. Excluindo uma minúscula porção de iluminados, a grande maioria dos vencedores experimentaram o gosto amargo das derrotas iniciais.
Depoimentos de muitas personalidades que merecem crédito, enaltecem o aprendizado na fase inicial graças aos tropeços e erros. Quantos empresários que comandam verdadeiros impérios econômicos não erraram ou não souberam superar desafios ao longo da trajetória? Tal como o diamante, o homem vai sendo lapidado pouco a pouco para brilhar intensamente.
A intenção aqui é incentivar a tentativa de cada um, sem carregar a culpa pelo insucesso. Todos erram. Errar faz parte do jogo. Lembre-se da confissão do incomparável Michel Jordan! Nada de complexos! O importante é admitir a falha e assumir o propósito de perseverar no aprendizado. Quanto maior o sacrifício para superar as barreiras, melhor será o sabor do sucesso. Sem batalha o sucesso é sem graça. É como o jogador de futebol que recebe a bola de bandeja e não tem qualquer trabalho para marcar o gol.
No arremate, recorro ao sempre atual Fernando Pessoa para lembrar incentivando: “No final tudo dá certo. Se ainda não deu é porque não chegou ao fim.”

Manoel Afonso
[email protected]
comentarista da TV.Recor-MS












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