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Artigo: Você merece ser feliz!

*Eliane Quintella - 06 de setembro de 2012 - 07:41

Você lutou com toda sua força, garra e suor. Finalmente, a recompensa chega deliciosa e merecida. Então, você olha ao redor e está cercado, mas não de pessoas querendo parabenizá-lo, e sim, daquelas que exigem que você compartilhe os frutos de sua vitória.

Elas, verdadeiros parasitas, cujo lema de vida é viver de esmolas, acham que é sua obrigação doar aquilo por que tanto batalhou, como se você não merecesse a vitória. A arma dessas pessoas contra você é a obrigação da caridade e da compaixão. Elas merecem, pois não conquistam, não lutam e não correm atrás. Como você ‘venceu’, acham que é egoísmo não compartilhar.

Ocorre que você não tem obrigação de compartilhar nada. Não estou dizendo que não deva compartilhar os frutos de suas vitórias, mas você deve fazer isso se for o que realmente deseja, se a pessoa é merecedora do seu afeto e carinho, e, não, porque você tem uma “obrigação”.

Essa obrigação não existe e jamais existiu. Legitimá-la seria dizer que os grandes vencedores, inovadores, ou seja, quem luta e merece a vitória não tem valor. A não ser o de servir sua vida, seu trabalho, seu suor e tudo que lhe for sagrado em um altar de sacrifício por todo aquele que não luta, nada faz e, portanto, nem merece.

Desconfie, grite toda vez que alguém vier com esse discurso de que “você deve dividir”. Divida, sim, por amor, porque é sua vontade, para quem merece. A verdade, meu amigo, é que os parasitas devem perecer, esse deve ser o destino de todo aquele que pode lutar, mas nunca lutou.

O curioso é que eles dizem que veem justiça nisso. Não caia nessa! A doutrina do sacrifício é injusta por natureza. Não há justiça em ter que dar a alguém que nada fez por merecer tudo aquilo pelo que você tanto lutou. Qual é a justiça disso? Que tipo de igualdade é essa que exige de uns tudo e de outros nada, a não ser a mediocridade? Como você viveria se soubesse que tudo pelo que lutou não lhe seria entregue, nunca? E que seus sonhos, ainda que conquistados, não pudessem ser seus? Teria como ser feliz algum dia?

A justiça está no direito que eu tenho de colher os frutos da minha vitória, assim como o outro também tem. Isso é sagrado para todos nós. Você tem direito a sua felicidade, não deixem que outros a tirem de você. É você o merecedor, ninguém mais.

*Autora: Eliane Quintella é escritora (http://pactosecreto.wordpress.com).


Sobre a autora

Eliane Quintella nasceu em São Paulo (SP), é formada em Direto e mestre em Direito Processual Civil. Trabalhou em escritórios de advocacia e foi gerente jurídica de uma grande empresa alimentícia. Pediu demissão do cargo após o lançamento do seu livro Pacto Secreto (Ed. Novo Século), para se dedicar de corpo e alma à vida de escritora.
http://pactosecreto.wordpress.com

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