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Artigo: Uma verdadeira guerra no mundo dos negócios

(*) Prof. Dr. Luiz Carlos Pereira de Souza - 01 de setembro de 2009 - 07:57

Proposta 1: Simbioses da competitividade: A Fórmula S = R – E e a

Regra 85 x 15



Proposta 2: A fórmula S = R - E : “superar expectativas” e a Regra 85 x 15

“assumir responsabilidade” – jeitos de ser profissional



Proposta3: Competitividade: Aplicação da Fórmula S = R – E e da Regra 85 x 15 em

clima de incerteza





Uma verdadeira guerra – silenciosa, mas, contundente – vem acontecendo no mundo dos negócios. Independentemente do segmento de mercado e do tamanho da empresa, todos estão envolvidos na acirrada luta pela sobrevivência que vem se desenrolando num cenário internacional altamente competitivo. No mundo globalizado as empresas devem comprovar seus expertises perante o seu segmento de mercado, estando seus administradores cientes que suas competências serão avaliadas ou mensuradas, também, pelo efetivo compromisso socioambiental de suas organizações, contextualizado por um clima de incerteza.



Essas empresas descobrem, com maior ou menor custo, que vale mais empregar energia na busca de novas parcerias do que guerrear ou serem predatórias em relação aos seus concorrentes. Compreendem, assim, que podem superar suas metas ou ampliar seu share de mercado sem a necessidade de se envolver ou provocar um embate destrutivo com seus concorrentes.



Nesse cenário o empreendedor profissional deve demonstrar ecletismo, pro atividade, perspicácia para atingir o resultado pelo meio mais apropriado ou otimizar os recursos organizacionais, entre eles: humanos - espaço – tempo – financeiros – materiais e tecnológicos. Há que se provar competência a cada minuto do “jogo diário, com regras contingenciais determinadas pelos diversos segmentos profissionais”.



A fórmula S = R – E (Satisfação é igual Resultado menos Expectativa) está em alta e permeia continentes sem fronteiras, do ponto de vista econômico. Quanto maior a expectativa que criamos perante nossos observadores (outros profissionais, empresas, a sociedade, etc.) ou perante aqueles que nos são mais íntimos (pais, filhos, cônjuge, amigos, etc.) maior terá que ser o resultado apresentado em nossos quefazeres profissionais ou nas consecuções pessoais para superação de expectativas.



Preocupante paradoxo esse da expectativa, pois, quanto “mais certinho” for um cidadão, quanto mais competente apresentar-se um profissional, maior será a expectativa criada sobre seus observadores e, portanto, maior deverá ser o resultado apresentado por eles para, na estruturação da fórmula S= R – E, garantirem uma “Satisfação” acima do índice “zero”.

Profissionais incompetentes, cidadãos descompromissados não despertam ou promovem expectativa otimista naqueles que os cercam. Assim, seja qual for o resultado que ofereçam, não haverá surpresas, pois nada era esperado dos mesmos.



É comum os dirigentes das organizações ou gestores de negócios buscarem, diante de necessidades profissionais ou pessoais, colaboradores que estão sobrecarregados de afazeres em detrimento daqueles que apresentam menor grau de ocupação ou têm expressão taciturna. Motivo simples e matemático para afirmarmos “quanto mais você faz, mais capacidade você adquire para fazer mais”; justificando, hipoteticamente:



- considere a mensuração ou parametrização de um trabalho em quilos;



- o colaborador X dá conta de 100 quilos de trabalho;



- o colaborador Y dá conta de 10 quilos de trabalho;



- um aumento de 10 quilos para o colaborador X representa acréscimo de apenas 10% na sua

capacidade, portanto, ele reage com naturalidade e assume tranquilamente as novas incumbências;



- um aumento de 10 quilos para o colaborador Y representa acréscimo de 100% àquilo que ele está

acostumado a executar; portanto, deve sucumbir, literalmente, diante das novas atribuições.





O empreendedor profissional tem que ser multiespecialista, deve atuar com competência em mais de uma atividade empresarial. Atualmente, temos que colocar um pé em uma canoa e o outro, apesar dos riscos, em uma outra canoa, mesmo diante das turbulentas águas do mercado profissional. É comum, para esse tipo de empreendedor, a prestação de serviços em duas ou mais organizações ou o vínculo CLT numa empresa simultâneo à gestão de seu próprio negócio.



Quanto mais você assumir, com competência, atribuições ou trabalhos, mais capacidade você terá para se incumbir de um maior número de outras atividades e, certamente, superará expectativas e garantirá, assim, os resultados positivos em decorrência da fórmula S = R - E.



Qual a importância da regra 85 x 15 nesse cenário de superação? Omitir-se ou chamar a responsabilidade para si? Eis um dos dilemas dos empreendedores.



Defendo que os executivos e gestores de um mundo globalizado devem atentar para a regra 85 x 15, isto é, quando surge um problema organizacional 85% da responsabilidade é de quem dirige, do gestor, do administrador, do dono do negócio e 15% da responsabilidade é de quem operacionaliza, do funcionário ou daquele que cumpre as determinações.



Sim, cabe ao Administrador ou ao Dirigente a maior parcela de responsabilidade, pois ele deve responder pró ativamente por funções básicas, as quais, quando não cumpridas com eficiência (meio) e eficácia (fim), “atingir seu objetivo pelo meio mais apropriado”,podem comprometer irremediavelmente um processo ou um projeto ou uma iniciativa organizacional.





Quem na organização deve assumir a responsabilidade do “chute de um pênalti” aos 46 minutos do segundo tempo?



Sim, cabe ao Administrador ou ao Dirigente a maior parcela de responsabilidade, pois diante das afirmações “o colaborador é fraco”; “o colaborador é incompetente”; “o colaborador encontra-se abaixo das expectativas”, cabe-nos questionar: como foi o processo de seleção e contratação?; houve treinamento apropriado?; as funções do colaborador foram claramente definidas?; a empresa possui planos de cargos, salários e benefícios claramente definidos para seus colaboradores? Qual a postura de seus líderes perante os conflitos pessoais e profissionais? Estudam e buscam atualização sobre teorias comportamentais; aspectos sociais, psicológicos e personagens das organizações formais e informais?



Discutimos superação de expectativas e responsabilização num espaço contemporâneo em que o homem, sim o homem que cria monitora e afirma ter controle sobre o aparato tecnológico, comemora 40 anos de seus primeiros passos na lua, agora com viagens virtuais e proclama planejamento de chegar a Marte em 2030.



Esse mesmo homem, empreendedor, pesquisador, calculista, emocional, gregário impõe-se disciplina espartana para garantir o crescimento das organizações, mesmo diante dos gargalos modernos ou restrições do tipo “meio ambiente” – “uso e costumes” – “crenças” – “desnutrição” – “multiplicação de vírus e bactérias nocivas” – “instabilidade econômica” – entre outros.



A guerra do mundo dos negócios prossegue e determina em livros, regulamentos e nas ondas virtuais expressões ou chavões que levam alguns a verdadeiros adestramentos e outros à sensação de insegurança; tais como: “tratar os desiguais de maneira desigual”; “garantir o tempo todo a geração espontânea de ideias e dos processos estruturais”; “não há como garantir a permanente felicidade profissional; assim é que a felicidade não existe como essência, o que existe são momentos de felicidade, portanto, não desperdice os seus”; “há sempre uma forma de fazer algo melhor; encontre-a”; entre outras.





Como Educador me pergunto: onde tudo isso irá parar? O cenário bélico dos negócios, sustentado pelo desenvolvimento tecnológico produz novos paradigmas a todo instante, sem qualquer preocupação com o elemento humano; competentes empreendedores são superados por jovens talentosos que, muitas vezes, pilotam, predatoriamente, recursos virtuais, e, cientes de sua própria pequena longevidade são implacáveis com os seus concorrentes.



Esses jovens nem sabem mais o significado do “jogar pião”; “brincar de roda”; “bambolê”; “escravos de Jô”; “Passar Anel”; “Mãe da Rua”; “Amarelinha”; “Futebol de Rua, no Terrão”; “Bolinha de Gude”; “Pular Corda”; “Soltar Pipa”...



Isso tudo virou romantismo ou “peça de museu” diante dos novos brinquedinhos virtuais: “Orkut”; “MSN”; “Facebook”; “I Phone”; “Smartphone”; “Tecnologia 3 D”; “Jogos On Line”; “Vídeo Games”; “Salas de Bate Papo” e, mais recentemente o “Twitter” que virou febre mundial no primeiro semestre de 2009, até mesmo para executivos que “twittam” com frequência no serviço de microblogging.



No jogo homem x máquina, temos convicção que o elemento humano continuará a fazer diferença, sejam quais forem os dados estatísticos apresentados pelas máquinas; basta que o “ser humano” não insista em fazer função de máquina, restringindo-se a atividades repetitivas e previsíveis, as quais num futuro qualquer serão incorporadas por tecnologias com maior grau de precisão e velocidade.





Bem, mas, “se não pode com eles... junte-se a eles”, assim é que numa fria quarta-feira do mês de julho de 2009, num descuido de minha parte, vejo-me apropriando- me de um pedaço de página virtual encaminhada por um meticuloso amigo, para dar como concluída essa manifestação paradoxal de louvor ao empreendedorismo:



“... todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos descendentes ... mas, quando é que ‘pensarão’ em deixar pessoas melhores para o nosso planeta?”



A fórmula S = R – E e a Regra 85 x 15 são meras ferramentas diante de um deslumbrante e, ao mesmo tempo, assustador aparato tecnológico, que é impiedoso ao exigir criatividade, imediatismo e permanente aperfeiçoamento.



Os personagens dessa guerra silenciosa, pessoas jurídicas e físicas, sabem que o mundo dos negócios não admite vacilação ou titubeios, sendo imperativo a comprovação, em tempo real, da chamada “superioridade competitiva”.



(*) Pró Reitor Acadêmico do UniÍtalo

Empresário Consultoria Educacional

















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