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Artigo: Quando o casal entra em crise existencial

Terezinha Tagliaferro, de Malta - 24 de maio de 2012 - 14:04

Olha meus amigos, eu aqui so vou contar os fatos como aconteceram e o que disseram os psicologos a respeito.Nao vou fazer nenhuma analise porque nao sou psicologa, mas acho que com bom senso cada um de nos podera sempre aprender um pouco através das experiencias alheias.

Pois entao, Maria casou-se logo apos terminar a faculdade, se formando em antropologia.Ela encontrou-se com Antonio, se enamorou, fez a opçao de se dedicar ao lar, a familia, colocando numa caixa seus objetivos, seus desejos de antopologa.Tiveram 3 filhos.Tudo correu bem até o momento que eles cresceram e mesmo sem estarem casados abandonaram a casa paterna pra seguirem seus objetivos em outras cidades, retornando a casa de vez em quando.

Nessas alturas Maria que vivia pelos filhos perdeu todo incentivo, se sentiu desocupada e se desiquilibrou.Pensou... pensou.... e segundo a mentalidade dela, so encontrou uma saida e deseja que o marido entra de acordo com suas idéias dando-lhe todo o tipo de apoio.Sabem o que ela deseja?

Bom, neste caso voces precisam saber que o casal é Italiano.Entao, ela deseja partir para a Amazonia, apenas com a data de ida porque nao quer ficar presa a compromisso com data de retorno.Alé disso ela esta indo com um ex-colega da faculdade porque ele ja esteve por la.Segundo ela, esta viagem lhe fara bem, mas o marido se opos categoricamente colocando mil obstaculos.

Ele nao consegue entender porque segundo a mentalidade dele, os filhos faziam parte da vida dela e ele também.Entao, agora mesmo que os filhos partiram ainda resta ele, a quem ela deve se dedicar.Além do mais ele disse que como marido ele tem todo o direito de ter ciumes de deixa-la viajar acompanhada por um outro homem, o que é uma coisa normal.

E agora,vamos aos comentarios que surgiram a respeito.

Um psicologo acha que ela deve ir, seguir os sonhos, isto é : deixa as coisas acontecerem e depois se toma as providencias necessarias.

Outro psicologo acha que ela deveria ocupar o tempo se dedicando a outras coisas perto de casa, isto é, procurar outras soluçoes.

Outro acha que uma viagem de apenas 3 dias é suficiente e nao precisa ir tao longe.

O advogado de defesa de Maria diz que ela tem razao em seguir os sonhos dela, que ela esta em depressao e esta viagem lhe dara serenidade.Que o marido é um egoista e prepotente.

O advogado do marido diz que nao acha certo, que isto é considerado abandono do teto conjugal, portanto seria mais logico pedir separaçao.

Da experiencia que tenho no ramo so posso dizer o seguinte:

-Eu so tenho uma filha, e quando ela se casou foi como arrancar um pedaço de mim.Até hoje sinto falta dela a qui em casa.Além disso, meu marido ja estava doente na época, e de fato o casamento doi adiantado para que ele pudesse participar.Pois é, eu nao sabia o que doia mais.E a gente, por mais forte que seja “ , se abala.

Cada caso é “ um caso”, como se diz e merece toda consideraçao.

Se voce esta atravessando este tipo de problema acho que ainda a melhor soluçao é procurar ajuda, até mesmo em consultorios matrimoniais porque o caso é sério.

Como eu disse nao sou psicologa, apesar de gostar demais da matéria,mas deixo aqui uma observaçao:

Eu sou do tipo que nao gosto de nada velho dentro de casa e isto era uma preocupaçao pra meu marido que sempre dizia: Meu Deus, que vou fazer com o avançar dos anos... Aquela frase: “ guarda que podera servir mais pra frente....” nao serve pra mim, gosto de limpeza...porque eu acredito muito na frase: “ o semelhante atrai o semelhante”, prefiro tudo limpo, belo e novo.Entao, quando ele adoeceu ficou na expectativa do que iria acontecer.Nao aconteceu nada porque , graças a Deus , a gente passa a viver os fatos do momento.Fiz e me habituei a fazer coisas que jamais imaginava.Minha casa parecia um hospital,Tinha 4 tipos de cadeira diferentes e ainda queriam me trazer um elevador pra levantar o paciente.Me arrependi de nao haver aceitado porque agora trabalhando com os doentes vi que teria sido muito util.Com muito jeito fui fazendo capas para as cadeiras e me organizei pra tornar o ambiente mais agradavel.Entao, meu marido, todo feliz foi contar para o irmao dele como eu cuidava bem dele.Ao que meu cunhado lhe respondeu: - “Ela nao faz mais do que a obrigaçao dela.”Ao ouvir esta frase eu me indignei e sabem o porque?

- O dia, no qual a mulher se sentir obrigada em fazer alguma coisa para o marido pode se separar porque ai esta faltando amor e este é o alicerce.Pode faltar de tudo, mas nao “amor”.Cada coisa que fiz, posso garantir que foi com muito carinho.

- Entao, voltando ao caso do inicio, eu sempre penso que num matrimonio, um é o complemento do outro.Pode existir varios sonhos a perseguir de ambas as partes, mas tudo deve se convergir num unico ponto e quando este ponto fixo faltar esta tudo acabado.Nao adianta enfeitar o contorno com tantas palavras modernas, a essencia ja esta contaminada.

- Nao se preocupem, o amor quando é forte sabera resistir.Quando se tem um “porque” se acha também o “como” viver.



Terezinha de Jesus Tagliaferro


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