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Artigo: O ano do povo-patrão

Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves* - 01 de janeiro de 2010 - 12:39

Já vivemos 2010. Um novo ano que, para nós, brasileiros, pode ter um significado mais especial do que para outros povos. Elegeremos o novo presidente da República, os governadores dos Estados, dois terços dos senadores e a totalidade dos deputados federais e estaduais. Vamos reformar toda a estrutura do poder maior, conforme determina a Constituição. É a alternância estabelecida pelos mais básicos princípios da democracia. O povo terá a oportunidade de mudar ou deixar tudo como está, de acordo com sua vontade.

Durante os últimos anos, vivemos um período de episódios que só serviram para deslustrar a classe política. Sucessivos escândalos cometidos por políticos, agentes públicos e outros indivíduos deixaram desmotivada a opinião pública, tanto pela gravidade dos fatos quanto pela exploração maliciosa de alguns e pela sinistrose de outros. Tudo isso supervalorizado pelo clima de impunidade e corporativismo, que deixou livres de punição figuras reconhecidamente criminosas, que deveriam ter recebido os mais severos castigos pelos seus atos e, até, dado com os cotados na cadeia.

Mas, o desapontamento popular e o desinteresse do cidadão comum por política e pelo processo eleitoral servem apenas para fortalecer o político ruim e para contrariar o interesse da população. O ano de eleições é o único em que o povo pode realmente influir no processo e fazer valer sua vontade. Por isso, em vez de criticar os políticos e virar as costas para eles, o cidadão inteligente, como eleitor, deve procurar informar-se sobre o quê cada um deles realmente faz para, na hora de votar, escolher o candidato que esteja mais de acordo com os seus interesses. Se deixar passar essa oportunidade, a outra só ocorrerá dentro de quatro anos.

É do mais absoluto interesse do povo saber quem são os candidatos aos cargos executivos e as suas propostas de trabalho. Saber se o candidato “a” ou “b” tem o apoio do atual governante e decidir se quer o futuro governo de continuidade ao atual ou se quer renovar. Também é interessante ver quem foi o seu candidato a senador ou deputado na eleição passada e, pelo que ele fez no mandato, saber se ele continua ou não merecendo o seu voto. Ver se há algum novo que esteja mais de acordo com os seus interesses de eleitor.

A eleição existe para que o povo tenha condições de, soberanamente, escolher o seu governo e seus representantes nas casas legislativas. Rejeite as opiniões daqueles rebeldes imbecilóides que pregam o desprezo pela classe política. Todo cidadão e eleitor tem de entender que o político ocupante de cargo público é seu empregado e ele pode tanto ser mantido, admitido ou demitido através da eleições. Assim sendo, é do interesse geral acompanhar de perto o que fazem todos os nossos eleitos – presidente, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores - para, na hora de votar saber quem merece continuar e quem a deve ser mandado de volta para casa.

É o povo-patrão exercendo o seu poder...



Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves* – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)

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