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Artigo: Lembranças de Viagens de Carlos Pulino

Carlos André Prado Pulino é médico oftalmologista em Cassilândia (MS) - 28 de janeiro de 2010 - 06:18

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

NOSSO HINO NACIONAL NA RUSSIA

Uma das atrações de nossa viagem à cidade de São Petersburgo, foi assistir a um show de folclore russo.
A van nos deixou na porta do Teatro Nikolay, chegamos cedo para pegar um bom lugar, já estávamos com os ingressos, e fomos diretamente para a fila de entrada. Ficamos em pé, conversando, aguardando que as portas se abrissem. Ao lado da fila, dois rapazes russos, com roupas parecidas com as do exército, tocavam saxofone, com as caixas dos instrumentos abertas no chão, onde as pessoas jogavam moedas.

Ouvindo nossa conversa, apontaram para nós e perguntaram: - Brasil? Sinalizamos que sim, e eles começaram a tocar o Hino Nacional Brasileiro. Foi uma emoção tremenda, vocês não imaginam o que dá dentro da gente, numa terra tão distante, ao ouvir o nosso hino. Quando terminaram, jogamos uns rublos e, para nossa surpresa, iniciaram Garota de Ipanema e, depois a Aquarela do Brasil. Ficamos boquiabertos a escutá-los. Nunca poderíamos imaginar uma coisa destas na Rússia. Logo atrás de nós estavam uns americanos, e eles também tocaram o hino deles. Só de escutar algumas palavras, reconhecem a nacionalidade do turista e os agradam com seu hino nacional e músicas típicas de seu país.

Até hoje lembro deste episódio e fico pensando que a necessidade daqueles jovens músicos, faz com que reconheçam várias línguas e que, com criatividade, consigam um dinheiro honesto, muito bem vindo para complementar seus estudos.

Como o teatro estava em reforma e cheio de tapumes ocultando sua fachada, não pudemos apreciar sua aparência externa, mas ao entrar nele e ver seu interior, pudemos imaginar sua beleza.

Dentro do teatro é lindo: lustres de cristal, escadarias largas e grandes, tapetes em veludo vermelho, pessoas trajando roupas antigas e imensas cabeleiras brancas que faziam pequenos números de danças da época da realeza, ao som de uma orquestra de violinos.

O show foi muito bonito, animado e alegre, com músicas e danças. Os artistas, excelentes, contagiavam todos com as danças cossacas, cheias de gritos e malabarismos, eles chegam a sentar nos calcanhares e impulsionam os pés para a frente numa seqüência incrível. As músicas cantadas são lindas, ora alegres ora nostálgicas, e tocam a gente como se já as tivéssemos escutado antes! As roupas dos bailarinos, com muito vermelho, preto e dourado, tornavam a coreografia ainda mais bonita. No intervalo, o andar superior estava preparado com mesas muito bem arrumadas, com vinho, champanhe, vodca, refrigerantes e canapés diversos, inclusive caviar preto e vermelho.

Provamos todas as iguarias e comidas típicas.

Considero este episódio marcante e inesquecível. Quem já esteve no exterior sabe que se ouve bem pouco sobre do Brasil lá fora, pouquíssimas referencias vemos sobre o nosso querido país, a não ser é claro sobre nosso futebol e o carnaval.

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