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Artigo: Lembranças de Viagens de Carlos Pulino

Carlos André Prado Pulino é médico oftalmologista em Cassilândia (MS) - 11 de janeiro de 2010 - 08:16

Arquivo Pessoal
Arquivo Pessoal

MOSCOU

A capital da Federação Russa é uma das mais importantes cidades do mundo, e situa-se na confluência dos rios Iauza e Moscou. A mais antiga referencia histórica à cidade data de 1.147, embora o povoamento do local remonte ao período Neolítico.
Moscou é uma cidade agradável, grande, com aproximadamente 10 milhões de habitantes, um grande centro comercial, industrial, médico e cultural. Chegamos à Moscou às 18hs, com sol ainda alto, pois lá só anoitece após as 22hs. O aeroporto é distante do centro, no caminho fomos apreciando as “datchas” que são casas de campo, onde os russos, no verão, passam os finais de semana e as férias. Ficamos hospedados no Hotel Kosmos, nome dado em homenagem aos astronautas e que foi construído para as Olimpíadas de Moscou, em 1980. Nele ficaram os atletas, e só depois passou a ser usado por turistas. Por incrível que pareça, este hotel é ainda maior que o de São Petersburgo: 3.500 apartamentos em 25 andares! Um espanto. O hall do hotel devia ter umas mil pessoas fazendo o registro de entrada e outras tantas o de saída.
Nele tem tudo o que se possa imaginar: piscina olímpica aquecida, academias de ginástica, 8 restaurantes, 4 lanchonetes, cassino, teatro, inúmeros salões de beleza, duas casas de cambio, shopping center, cafés, correio, peleterias maravilhosas, joalherias, bancos, etc. Tudo isso funcionando 24hs!
Moscou possui o mais famoso teatro de balé do mundo, o Bolshoi, que já teve como principais bailarinos, nomes famosos e mundialmente aclamados, como Nijinski e Barishnikov. Atualmente está por lá uma jovem bailarina gaúcha Raquel Steglich, de 19 anos, recrutada para treinar durante um ano com os famosos profissionais.
No hotel, tivemos a oportunidade de assistir a um espetáculo maravilhoso: o Ballet da Cidade de Moscou, encenando O Lago dos Cisnes, de Tchaikovisky. Incrível, a bailarina principal era parecidíssima com a Liany Greice, colunista social deste jornal.
Conhecemos a famosa Rua Arbat, dos romances e filmes. É a rua dos artistas, com barzinhos a beira das calçadas, músicos tocando e cantando vários estilos musicais, pintores e desenhistas fazendo seus trabalhos em plena rua. Um agito total, estranho para um país fechado até a bem pouco tempo.
Outra grande atração da cidade é o famoso Circo de Moscou. Assistimos a uma apresentação, ao preço de U$28 dólares por pessoa, e que valeu a pena. É um local grande, redondo, semelhante ao Ginásio do Ibirapuera de São Paulo, e entre as inúmeras atrações, até um número com crocodilos amestrados.
O metrô também é um caso a parte. Suas estações são deslumbrantes, verdadeiras obras de arte, são chamadas de palácios subterrâneos e merecem ser visitadas, assim como costumamos fazer com os museus, palácios e monumentos.
Moscou foi reconstruída no áureo período do comunismo, sem economia, tem avenidas amplas, prédios gigantescos, e as estações do metrô são uma das provas da supremacia do regime e da “revolução”.
Foram construídas utilizando-se cerca de vinte espécies de mármores, granito, ônix, rodonita, etc... e adornadas por estátuas, baixo relevos, pinturas, mosaicos, vitrais coloridos e lustres de cristal. Um dos programas turísticos obrigatórios é comprar um ingresso do metrô e ir parando de estação em estação para conhecê-las. Constatei que, realmente, uma é mais bonita do que a outra, com decoração e arquitetura diferentes, além de incrivelmente limpas e bem cuidadas apesar do intenso vai e vem de pessoas o tempo todo.
A idéia dos dirigentes do partido comunista ao construir estações de metrô tão chiques, era que o povo pudesse desfrutar desses requintes nos locais públicos, pois as moradias russas pertencem ao estado e são todas iguais, como caixotes de concreto, de cores acinzentadas, sem detalhes e totalmente desprovidas de luxo.

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