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Artigo: Leia o significado de Finados

Revista Ave Maria - 02 de novembro de 2010 - 06:10

No calendário do mês de novembro, há um dia reservado para se reverenciarem os finados. No dia 2, feriado nacional, vamos ao cemitério visitar o túmulo onde estão os restos mortais de nossos parentes e amigos. A palavra \\\\\\\"cemitério\\\\\\\" é derivada do Grego: koimetérion, que significa \\\\\\\"lugar para dormir\\\\\\\", ou simplesmente, \\\\\\\"dormitório\\\\\\\".

A palavra \\\\\\\"finado\\\\\\\" vem do particípio passado do verbo \\\\\\\"finar\\\\\\\" - como qualquer estudante do ensino médio logo percebe - e significa: definhar, perder as forças, consumir-se.

Já a palavra \\\\\\\"defunto\\\\\\\" vem do particípio passado \\\\\\\"defunctus\\\\\\\", do verbo latino \\\\\\\"defungere\\\\\\\", cujo significado é \\\\\\\"terminar um combate, cumprir uma missão\\\\\\\". Assim, aquele nosso parente que foi para junto de Deus acabou de desempenhar sua missão neste mundo. As duas palavras podem resumir a vida daquele que se foi.

Vim ao mundo para desempenhar uma missão. Sou único. Jamais haverá ou houve um ser humano igual a mim. Os dons que Deus me deu ninguém os têm, teve ou terá. A esta altura, uma reflexão se impõe sobre a maneira como estamos exercendo nossa missão.

Fomos chamados a ser santos. Mas cada um de nós o será de maneira diferente. A Genética fala de genes que herdamos de nossos pais e, através deles, também de nossos avós, tataravós e aí por diante. Sabe lá Deus !

Nossa gestação dentro do útero terá sofrido intervenções externas de que nossa mãe nem suspeitava. Só para dar um exemplo, somos fruto de sua alimentação - ou desnutrição - enquanto éramos gerados. Após o nascimento, continuamos dependentes do tipo de leite que nos foi dado.

A divina Providência usa de todos esses fatores para nos convidar a cumprir a missão fundamental, independente de raça, cor ou sexo, de amar nossos irmãos como nos amamos e perdoar os que nos ofendem. Essa é a luta mais difícil.

Quando morto, poderão falar de mim: \\\\\\\"Eis um defunto\\\\\\\" - aquele que tão bem cumpriu sua missão, lutou e acreditou na esperança!\\\\\\\" - ou: \\\\\\\"Eis um finado - alguém que apenas definhou?\\\\\\\".

Nossa santa Igreja, após o Concílio Vaticano II (1962-1965), mudou a ótica pela qual devemos reverenciar nossos irmãos já mortos. Fez-nos refletir não mais sobre seus pecados, mas sim sobre o que fizeram de bom; sobre aquilo que deixaram como exemplo para nós.

O que irão encontrar em nossa vida nossos filhos e amigos que irá servir de edificação para eles? Eis um morto, finado ou defunto?

Maciel M. Claro é sacerdote, missionário claretiano.


por Maciel M. Claro

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