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Artigo: Hoje sou "aquela pessoa" que não está na Festa

Bruna Colagiovanni Girotto - 24 de julho de 2007 - 05:57

Quando lembro de minha infância, e isso atinge desde meus 5 anos de idade, eu nunca faltei uma Festa do Peão de Cassilândia.
No início, adorava o parque. Era pula pula, tromba-tromba, carrossel, centopéia. Mais tarde foi o barco viking e o samba. Nunca fui muito fã do trem fantasma e nem do kamikaze. Na verdade, sempre fui medrosa mesmo.

Quando entrei na adolescência, as barracas começaram a ser mais interessantes do que o parque. Enfeites para cabelo, pulseiras, brincos e mais uma porção de coisas que era possível encontrar nas barraquinhas, me atraiam.

Com o amadurecimento, a barraca dos jovens, aquela que sempre tem música e animação após o rodeio, entrou na minha vida. Quantas vezes as pessoas que participam do desfile do aniversário da cidade, "viraram" a noite naquela barraca para desfilar nos caminhões, no domingão ensolarado? Muitas histórias...

Agora que estou longe, pela primeira vez, tudo voltou na minha mente. Vou ser sincera a vocês. Quando ia à Festa do Peão, meu pai sempre me dizia da importância da Rádio Patriarca "narrar" o rodeio para as pessoas que não podiam ir. Eu, para ser bem sincera, nunca entendi muito bem qual seria a emoção daquela pessoa, que não podia ver o boi pulando e o peão caindo, ao ouvir a narração do rodeio.

Hoje, pela primeira vez, sei descrever o que "aquela pessoa" sentia. Hoje posso dizer que sou "aquela pessoa". Por intermédio da Rádio Patriarca, pela voz do Lucimar, do Pamplona, do Gás, da Izabel e dos narradores do rodeio, posso sentir a emoção de toda a Festa. Realmente, como acabou de dizer o Lucimar pela Rádio (que estou ouvindo agora pelo site Cassilândia News), "é a Patriarca, levando todas as emoções dessa grande festa até você."

E realmente consegue levar. Sinto, daqui de Campo Grande (MS), o cheiro da poeira no ar, a fumaça do churrasquinho naquela descida, o Azulão gritando 'quina de 1 real, 1 real na quina', as pessoas tirando fotos com a "zebrinha", a barraca de maçã do amor na beira da rodovia, pessoas comendo churros, crepes e algodão doce. Sem contar, a criançada doida por aqueles apitos que parecem um barulho de gato apanhando no saco. Principalmente, lembro da imagem da arena lotada, dos shows e as barracas que tocam músicas após o rodeio, animadíssimas.

Fico feliz que a modernidade tenha trazido a internet. Realmente, a internet encurta a distância.

Boa Festa do Peão a todos. Tanto aos que estiverem em Cassilândia, quanto àqueles que optarem pela Rádio Patriarca "virtual".


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