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Artigo: Hipermetropia evolui nos primeiros anos de vida

Agência Notisa - 31 de agosto de 2004 - 15:11

A hipermetropia, dificuldade para enxergar de perto, é um dos problemas oculares mais encontrados em crianças e na população como um todo. Para se ter uma idéia, é estimado que 55% das pessoas apresentem hipermetropia, sendo que seu aumento ocorre nos primeiros anos de vida. Isso é o que mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, que teve como objetivo avaliar a evolução da hipermetropia na infância.

De acordo com artigo publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2004 dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, alguns autores constataram aumento da hipermetropia nos primeiros anos de vida, outros afirmam que todos são hipermétropes ao nascer e também é observada elevação e diminuição da hipermetropia na primeira infância. Dessa forma, os pesquisadores explicam que “como indivíduos com elevado grau de hipermetropia possuem maior probabilidade de desenvolverem estrabismo, ou seja, ficarem vesgos, e ambliopia — diminuição da acuidade visual —, é fundamental que esse erro refrativo seja identificado de forma mais precisa possível e que se saiba como ele evolui durante o período de desenvolvimento visual”.

O trabalho foi realizado através da análise de 67 prontuários de crianças atendidas nos serviços de Estrabismo dos Hospitais São Geraldo e Infantil São Camilo em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre os anos de 1970 e 2001, e que tiveram seu primeiro exame com até, no máximo, três anos de idade. A idade final de acompanhamento das crianças variou de 5 a 10 anos, o que proporcionou um tempo médio de seguimento dos pacientes de cerca de oito anos. O número de consultas variou de três a oito.

Os pesquisadores constataram que a hipermetropia apresenta uma pequena elevação nos primeiros anos de vida: “o aumento da hipermetropia em relação ao primeiro ano se tornou estatisticamente significativo a partir do 3º ano, mantendo-se desta forma até o 8º ano de idade”.

Por isso, eles alertam quanto a uma possível ambliopia ou sintomas de baixa concentração em leituras prolongadas. “O papel da hipermetropia como importante indutor de ambliopia já é bem conhecido. Além disso, como os vícios refrativos têm influência significativa no estrabismo, é importante sua determinação precoce e de maneira acurada. Acredita-se que tal problema visual deva ser corrigido na totalidade, logo que diagnosticado em pacientes”, ressaltam no artigo.

Agência Notisa (jornalismo científico - scientific journalism)

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