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Artigo: Gases de ruminantes causam efeito estufa

Marluce de Castro Vilela, graduada em Ciências e acâdemica do 2º ano do curso de Tecnologia em Gest - 15 de maio de 2009 - 09:41

Produtores de laticínios usam sistemas de processamento para colher metano do estrume da vaca.
Produtores de laticínios usam sistemas de processamento para colher metano do estrume da vaca.

Um único animal expele diariamente de 150 a 500 litros de metano na atmosfera.
As grandes quantidades de metano produzido pelas vacas são agora
causa de preocupação e assunto para muitas pesquisas científicas

Cerca de 1,5 bilhão de vacas e bilhões de outros animais de pastagens (cabras, ovelhas etc) existentes no mundo emitem dúzias de gases poluentes, incluindo uma grande quantidade de metano. Dois terços de toda a amônia vem das vacas. Esses pacíficos animais emitem metano, um gás vinte vezes mais potente do que o dióxido de carbono (CO2) no processo do efeito estufa.
Porém essa imagem está longa da realidade. As vacas são extremamente perigosas para o meio ambiente: elas As vacas emitem uma grande quantidade de metano através do arroto, e uma menor quantidade através da flatulência, ou seja, do seu pum. a cada quarenta segundos. "Entre 150 e 500 litros de gás metano por dia, segundo a espécie e forma com que são criadas. As de alta performance, como as utilizadas na produção de leite, são as que emitem mais". De qualquer forma, é muito metano, uma quantidade comparável à poluição produzida por um carro em um único dia.
Devido à preocupação com as dietas dos ruminantes, muitos pesquisadores estão investigando modos de alterar o que esses animais comem e misturar o melhor dos velhos pastos de gado - gramas e plantas diversificadas, de crescimento natural e ricas em nutrientes - com o melhor das novas - espécies de crescimento rápido e resistentes a pragas hostis. Uma possibilidade é aumentar a capacidade de plantas e flores benéficas, ricas em nutrientes, de crescerem juntamente com gramas de crescimento rápido geralmente usadas nos pastos. Uma outra linha de pesquisa se concentra em plantas que possuam um alto teor de tanino, o qual acredita-se que possa diminuir os níveis de metano em ruminantes e elevar a produção de leite, embora níveis excessivos de taninos possam ser danosos para o crescimento do ruminante.
Um estudo realizado por pesquisadores da Nova Zelândia recomenda o uso de plantas como o cornichão, que têm alto teor de ácido alfa linoleico, o que eleva os níveis de CLA. Plantar legumes e plantas geneticamente preparadas para captar o nitrogênio do ar também intensificará os níveis de nitrogênio do solo, o que é importante para um solo mais rico e plantas mais saudáveis.
Os que acreditam em pastos com espécies misturadas e de crescimento natural, dizem que sua utilização reduzirá os gases estufa, aperfeiçoará a saúde do animal e a qualidade da carne, e reduzirá o uso de fertilizantes artificiais. Tentativas como pílulas para reduzir o metano ou a adição de alho podem ser apenas medidas temporárias que não conseguem resolver alguns dos principais problemas do gado, especialmente a poluição do ar e do solo, desmatamento das florestas, a produção de animais frágeis que deverão ser separados mais tarde e o uso de esteróides e fertilizantes artificiais.
Uma outra possibilidade é capturar o gás metano e usá-lo como energia ou vendê-lo para a rede elétrica. Alguns produtores também extraem metano de resíduos do gado, mas isso não resolve o maior problema do metano que é expelido. Utilizar esse metano significaria capturá-lo no ar, talvez confinando o gado em ambiente fechado ou provendo os animais com focinheiras especiais para que possam inibir a alimentação.

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