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Artigo de Manoel Afonso sobre as eleições

Manoel Afonso - 22 de julho de 2008 - 19:08

Cruz credo! O Brasil parece o Corinthians que joga futebol de segunda divisão e posa como se estivesse na divisão de elite. No caso do nosso país, quer se sentar junto com as nações do Primeiro Mundo, mas não consegue eliminar o analfabetismo. Os dados divulgados recentemente derrubam a retórica otimista do Governo – na base do “Nunca, antes..” Se os eleitores analfabetos são maioria em 17 por cento (936) das cidades (5.563) brasileiras, existem razões de sobra para se preocupar.
Esses eleitores, considerados “de cabresto” habitam os “currais” que elegerão vereadores e prefeitos sem ter tido reais condições de avaliar corretamente os perfis e propostas dos postulantes. Votarão pelo simples ato de votar, em agradecimento pelo benefício de algum programa assistencialista como o Bolsa Família, por alguma recompensa prometida ou ainda pela indução provocada pela propaganda enganosa. Assim estarão elegendo vereadores e prefeitos despreparados que poderão fazer a diferença nas eleições de 2.010, quando serão escolhidos os seus deputados, senadores, governador e o sucessor de Lula. Não há como separar uma eleição da seguinte. Uma é conseqüência da outra.
Um bom exemplo é o “glorioso” Estado de Alagoas. Lá, nada menos que 63% do eleitorado são constituídos de eleitores analfabetos. Aliás, na Paraíba, Pernambuco e Piauí esse índice chega a 53%. Nestes Estados o analfabetismo não é problema para a classe política. É a solução! Fica muito mais fácil a conquista ou compra do voto pelos coronéis de plantão. Afinal, eleitor esclarecido, aquele que os candidatos consideram chato porque questiona muito e não se verga, é artigo raro por aquelas bandas.
Lamentável é ter que admitir essa triste verdade quando o Lula ronca grosso pelo mundo afora, dizendo que finalmente o Brasil deu certo e que serve de modelo em algumas áreas. A volta triunfal do famoso Severino, apoiado por Lula, como prefeito de sua João Alfredo, é um atestado inequívoco, insofismável da força do analfabetismo.
Como se diz: pobre país cujo eleitor ainda assina com a impressão digital do polegar. Como o Corinthians, um dia o Brasil chega lá!


Manoel Afonso

Comentarista da TV.Record-MS.

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