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Artigo: Alexandre Prado comenta sobre saída de assessor

Alexandre Fonseca Prado - 11 de março de 2009 - 11:56

Houve um tempo, não muito distante, em que as cidades brasileiras, em sua maioria as pequenas cidades, caminhavam décadas sem nenhum progresso aparente. Obras feitas ao acaso, casas para parentes, praças e pequenas pontes eram as obras preferidas dos prefeitos á época. Isso acontecia porque havia uma distância enorme entre prefeitura, governo de estado e união, haja vista a precariedade dos meios e dos modos de transporte.
Esta situação, contextualmente, se deve ao fato de nosso país demorar a se desenvolver em questão de infra-estrutura. Também o comércio, a indústria e o campo sofreram com a impossibilidade de distribuir seus produtos em lugares mais longínquos, e assim a situação das cidades permaneceu estável por décadas.

Hoje, mesmo depois de todo desenvolvimento, as pequenas cidades ainda sofrem com a questão da distribuição, principalmente a de recursos do governo federal e do estadual. Sabe-se, amplamente, que sem este dinheiro, pouquíssimas cidades sobreviveriam dependendo apenas de recursos próprios. Mesmo assim, o administrador público precisa ter uma imaginação muito fértil para repartir, da forma menos desigual possível, os parcos recursos de que dispõe. Para que trabalhe bem, o prefeito precisa de bons assessores e de pessoal capacitado em todas as áreas de atuação, tal qual saúde, educação, moradia e infra-estrutura. Necessita-se de técnicos e, invariavelmente, de políticos nos cargos. E esta é a questão.

A saída de Toninho Cortez da assessoria do prefeito Carlinhos pode ser considerada uma perda em todos os sentidos. Primeiro todo executivo precisa de um técnico à frente de questões que envolvam assuntos estratégicos. Sem este profissional, a prefeitura simplesmente para, sem pareceres que dêem fundamento às idéias do prefeito e seus secretários. Em segundo lugar, o técnico age desprovido de emoções, ou seja, suas ações se baseiam em fatos reais, em previsões e, sempre, de forma planejada. Esta é uma das principais características do gestor técnico: ele pode dizer não quando avaliar que a situação não permite um sim.

Diferentemente do técnico, o político tem a missão de, popularmente, ‘fazer o meio de campo” entre o executivo e o legislativo, além do contato com a população e demais organizações atuantes no município. Necessita este assessor ter bom trânsito entre as diferentes camadas que compõe uma cidade. Sua preocupação é dar suporte político a decisões técnicas, o que faz este profissional ser importante na administração pública.

Cassilândia perde com a saída de Toninho Cortez porque deixa de ter em seu quadro um técnico experiente, capaz de embasar decisões importantes. Nossa cidade perde por ainda estar em clima de eleição, onde os perdedores agora torcem contra. Estes derrotados que pediram voto em sua casa prometendo mil maravilhas são os mesmos que agora orientam pessoas a atacar e atormentar a vida do prefeito e seus auxiliares para que não realizem um bom trabalho e levem Cassilândia pra frente.

Ou seja, pelo sim ou pelo não, melhor acreditar em um trabalho que está se iniciando do que em pessoas que iniciaram e terminaram seu trabalho e foram os únicos beneficiados disso.


Professor da FIC/FAVA

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