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Artigo: Agoniza mas não morre, prof. Rosildo Barcellos

Professor Rosildo Barcellos - 30 de novembro de 2012 - 15:00

Agoniza mas não morre

Samba,
Agoniza mas não morre,
Alguém sempre te socorre,
Antes do suspiro derradeiro.

Samba,
Negro, forte, destemido,
Foi duramente perseguido,
Na esquina, no botequim, no terreiro

Acredito que este fragmento de Nelson Sargento no samba “agoniza mas não morre” sintetiza toda a questão que envolve a palavra “Samba”. Que notoriamente é um dos ritmos musicais mais cultuados em toda a história da cultura brasileira e mundial. O samba teve o seu Dia Nacional instituído em 1963 e é marcado com comemorações em praça pública desde 1972,e isto posto,é exaltado com a gloriosa e merecida data de 02 de dezembro.

Evidentemente não podemos esquecer que a força do samba como patrimônio cultural brasileiro torna imprescindível uma reflexão sobre sua história e sobre a própria história do Brasil, a partir deste que se tornou um dos principais símbolos da identidade nacional.Assim sendo existem algumas versões sobre a origem desta data mas a mais aceita é a de que o Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso \"Na Baixa do Sapateiro\", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez

Quem apenas ouve falar do samba, atualmente não tem noção de que essa palavra já foi sinônimo de perseguição, liberação, veneração, esquecimento e vigor;notadamente em duas cidades esta data tem uma comemoração típica e já tradicional que é em Salvador e no Rio de Janeiro.No Rio a divertidíssima festa fica por conta do Pagode do Trem. A idéia do samba surgiu quando moradores de Oswaldo Cruz resolveram criar um movimento para revitalizar o bairro, era o \"Acorda, Oswaldo Cruz\". No Dia do Samba a população se reúne na Central do Brasil, lota um trem e vai tocando e cantando até Oswaldo Cruz.

Depois que começou, descobriu-se que já havia sido criado décadas antes por uma das mais importantes figuras do bairro, Paulo da Portela. Naquela época o samba era perseguido pela polícia. Os sambistas faziam suas reuniões e promoviam animadas rodas dentro dos vagões do trem. Em Mato Grosso do Sul, haverá comemoração também para este dia em várias cidades. É um exemplo que fará resgatar novamente a alegria pulsante do samba no interior do país. Particularmente a música em si faz com que o homem seja diferente em seu cotidiano, inclusive entendendo melhor a história e isso digo para todos os ritmos. Acontece que o samba na sua malemolência faz com que o coração pulse no tom do surdo ,da mesma forma que faz a lágrima cair com o choro da cuíca; e mesmo o samba mais triste, traz em seu bojo a frase que eternizou a Imperatriz Leopoldinense, como campeã do carnaval carioca em 1989 e volta e meia é nosso clamor maior: Liberdade, liberdade...abre as asas sobre nós

(O Cassilândia News não se responsabiliza por artigos com autoria)

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