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Geral

Arroba do boi chega a R$ 60 em MS e atinge maior alta

Daniel Pedra/midiamax - 26 de setembro de 2006 - 13:13

As principais empresas frigoríficas instaladas em Mato Grosso do Sul abriram as compras desta terça-feira com a melhor cotação paga pela arroba do boi dos últimos dez anos, na casa dos R$ 60,00 para 30 dias, confirmando análise feita no início do mês pela Scot Consultoria. De acordo com a empresa, a cotação da arroba do boi gordo nas dez maiores praças de comercialização de bovinos do País distribuídas pelos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Pará e Rondônia deveria registrar até o fim deste mês a maior alta dos últimos 10 anos, ou seja, R$ 60,00, superando a de 2002, quando a desvalorização do real frente ao dólar favoreceu a reação dos preços.


Hoje, em Navirá, o Frigorífico Bertin paga R$ 60 na arroba do boi rastreado a prazo e R$ 58,20 à vista, enquanto a arroba da vaca custa R$ 54 a prazo e R$ 52,38 à vista. Em Bataguassu, o Frigorífico Marfrig paga R$ 60 na arroba do boi rastreado a prazo e R$ 57,60 à vista, enquanto a arroba da vaca é comprada por R$ 55 a prazo e R$ 52,80 à vista.


Na Capital, o Friboi compra a arroba da vaca à vista a R$ 48 e R$ 50 a prazo, enquanto a arroba do boi rastreado é cotada a R$ 55 à vista e R$ 57 a prazo. Segundo análise do zootecnista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria, tal comportamento é reflexo da retração na oferta de animais terminados. “Além do fator sazonal (entressafra), tem-se aí uma clara influência dos mais de quatro anos de abate de matrizes e redução de investimentos”, ressalta, explicando que a partir de meados de 2000, após quatro anos de preços firmes, o mercado do boi gordo passou a trabalhar em baixa, pois os investimentos realizados no período de bonança levaram a um significativo aumento na oferta de gado, derrubando as cotações.


“Em 2005, esperava-se que o mercado tivesse atingido o fundo do poço, já que a redução de investimentos e o abate de matrizes haviam ajustado a oferta de gado, o que daria início a um novo ciclo, com preços em recuperação, sendo que o bom desempenho das exportações contribuía significativamente para a construção desse cenário”, analisa Rosa, acrescentando que veio a febre aftosa em Mato Grosso do Sul e depois a doença chegou ao Paraná, sendo que o pessimismo exacerbado, somado aos embargos internacionais, ao dólar baixo, à estagnação do consumo doméstico e à chegada do gado de safra, derrubou os preços pagos ao produtor na virada de 2005 para 2006.

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