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Arroba despenca 13% e custos subiram 6%

Famasul - 12 de dezembro de 2005 - 15:05

Ao passo em que a arroba do boi gordo desvalorizou 13,14% em Mato Grosso do Sul de janeiro a outubro deste ano, os custos totais dos pecuaristas tiveram aumento de 6,09% acirrando o descompasso entre a renda e os gastos. Com focos de febre aftosa constatados em outubro no Conesul, o Estado sofreu o maior baque na arroba dentre os nove estados pesquisados pela CNA (Confederação Nacional de Agricultura) e a USP (Universidade de São Paulo).

Os pesquisadores observam que o prrodutor rural está pagando caro pela aftosa. Antes do anúncio do foco, o mercado futuro negociava a arroba de boi a R$ 63,90, para novembro, e a R$ 63,50, para dezembro – nos dias 6 e 7 de outubro, a BM&F atuou no seu limite de alta. No final de novembro, o mercado em São Paulo operou em torno de R$ 54,00, com grande volatilidade de preços.

“O evento da febre aftosa gerou uma diferenciação de mercado. O boi de Goiás, por exemplo, e o de São Paulo deixaram ser o mesmo produto, pois o boi goiano pode virar um bife no prato do alemão e o boi paulista não. No primeiro momento, o boi sul-mato-grossense somente podia virar bife no próprio Estado, o que modificou a primeira regra da lógica econômica, que previa a diferença de preços entre o boi goiano e o paulista com base nos custos de
transferência até o consumidor”, aponta a pesquisa.

Com a confirmação dos focos, o distanciamento de preços em relação a outros centros produtores de 10 pontos percentuais. A diferença de Campo Grande com a média São Paulo passou para 12,08% em novembro deste ano, sendo que, em outubro de 2004, era de 1,85%; em Dourados e Três Lagoas, o efeito ficou em torno de 7%.

Quanto aos Custos Operacionais Efetivos e Totais (COE e COT), o único Estado onde houve recuos de setembro para outubro foi o Paraná – os custos efetivos caíram 1,18% e os totais 0,57%.Os principais fatores que pressionaram os custos foram a mão-de-obra, que representa 22,87% dos custos e teve alta de 15,37% e o diesel, com peso de 6,16% e aumento de 7,75% de janeiro a outubro. As sementes forrageiras registraram o maior aumento entre os insumos - 19,2% - mas representam apenas 1,64% dos custos totais. Na média dos nove Estados, o insumo que mais contribuiu para amenizar os custos do pecuarista de engorda, em outubro, foi o bezerro, que ficou quase 1% mais barato.


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