A arbitragem tem por vocação ter apontado os seus erros e ser pouco lembrada pelas suas conquistas. O Brasil tem na sua escrita alguns fatos que são considerados históricos, entre eles a participação feminina na arbitragem mundial. O reconhecimento deste trabalho é indicado pela própria Fifa que convidou a árbitra Silvia Regina de Oliveira para participar do Curso de Desenvolvimento da Arbitragem Feminina para a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2007, a ser disputada na China. Silvia é a única representante brasileira e uma das três convidadas pela Fifa, que fazem parte da Conmebol. “Estou colhendo os frutos do que plantei nestes 24 anos de arbitragem. Isto prova que valeu a pena”, declarou Silvia Regina emocionada ao ver sua foto estampada na capa do Guia Oficial de Arbitragem da Fifa.

O projeto de Desenvolvimento da Arbitragem Feminina é similar ao que está sendo implantado no futebol masculino, para a Copa do Mundo de 2006. O 1° Workshop será ministrado de 7 a 16 de março, na Copa Algarve, considerado um dos melhores torneios de futebol feminino.



Silvia Regina é pioneira na arbitragem feminina no Brasil. Aos 40 anos, Silvia venceu todas as barreiras impostas pelo futebol ao apitar sua primeira partida de futebol masculino em 2001, na abertura do Campeonato Paulista, na partida entre Mogi Mirim x São Paulo. Sua trajetória continuou abrindo caminho ao ser a primeira mulher a ser escalada para apitar um jogo do Campeonato Brasileiro: em 2003 entrou em campo na partida entre Guarani x São Paulo.
A competência demonstrada dentro de campo resultou na escalação de Silvia Regina, também como pioneira, ao apita um jogo pela Sul-Americana: Santos x São Caetano; “Isso tudo só aconteceu na minha vida porque foi me dada à chance de entrar em campo e mostrar competência. Agradeço a Federação Paulista de Futebol que, se nunca tivesse me escalado, hoje eu não estaria sendo chamada pela Fifa”, frisou Silvia Regina que também deve ser lembrada como um dos destaques do apito na Olimpíada de Atenas.