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Arafat abre os olhos e conversa com médicos

Jacqueline Lopes / Campo Grande News - 06 de novembro de 2004 - 16:33

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, 75, permanece em condição crítica de saúde neste sábado, apesar da divulgação da mídia de que o líder palestino teria aberto os olhos e conversado com médicos. Segundo informoções da Agência Folha, a situação de saúde não apresenta alterações. "Os médicos disseram que a condição é reversível. Não há mudança, ele está estável, mas ainda em estado crítico", afirmou Nabil Abu Rudeinah, principal conselheiro do líder palestino. Ele também afirmou que os médicos não conseguiram, ainda, determinar a sua patologia.
O site do jornal israelense "Yediot Ahronoth" havia publicado na manhã deste sábado que fontes palestinas asseguravam que Arafat havia saído parcialmente do coma e estava conversando com os médicos. Rudeinah não fez nenhum comentário sobre esse assunto.
Informações conflitantes sobre a saúde do líder palestino começaram desde que deu entrada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital militar de Percy, em Clamart, na última quarta-feira.
Palestinos temem que haja uma lacuna no poder e uma luta por controle político. Líderes internacionais têm pedido às lideranças palestinas que não abandonem os esforços de paz com Israel, mesmo que Arafat morra.
Líderes palestinos têm se recusado a discutir os preparativos do funeral de Arafat abertamente, mas o líder, antes de ficar inconsciente, havia dito que gostaria de ser enterrado em Jerusalém, Israel. O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, reafirmou na quinta-feira que enquanto estiver no poder não vai permitir que Arafat seja enterrado em Jerusalém, informou a rádio pública de Israel.
O premiê já havia feito o mesmo anúncio no domingo (31). "Enquanto eu estiver no poder, e não tenho intenção de abandoná-lo, [Arafat] não será enterrado em Jerusalém."
Sharon disse que considera a cidade de Jerusalém como sua capital "indivisível e eterna."
Arafat não nomeou um sucessor e se mostrou relutante em ceder poderes durante sua atuação como líder palestino. Na quinta-feira o Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) agendou uma reunião de emergência em Ramallah, na Cisjordânia, que foi presidida pelo secretário-geral Mahmud Abbas [conhecido como Abu Mazen], para iniciar as discussões da sucessão e da segurança nos próximos dias.
No encontro, autoridades delegaram poderes na área de segurança e finanças ao primeiro-ministro palestino Ahmed Korei, considerado um líder mais moderado.
Líderes de grupos militantes palestinos encontraram-se ontem e hoje para tratar da criação de uma aliança palestina, que conserve a unidade política dos palestinos, se Arafat morrer. Korei também iria encontrar as lideranças neste sábado em Gaza.
O presidente do Conselho Legislativo Palestino, Rawhi Fattuh, também vai participar das discussões com as 13 organizações que integram uma coalizão de forças palestinas.
O porta-voz do grupo extremista islâmico Hamas, Sami Abu Zahri, afirmou na sexta-feira que o encontro de Korei com os movimentos palestinos aconteceria em decorrência das circunstâncias especiais vinculadas ao estado de saúde de Arafat.

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