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Aquidauana tem nível de alerta máximo e se torna epicentro do coronavírus em MS

Situação da pandemia no município preocupa também em Sidrolândia

O Pantaneiro - 25 de agosto de 2020 - 05:40

Aquidauana tem nível de alerta máximo e se torna epicentro do coronavírus em MS

Junto com a cidade de Campo Grande, as microrregiões de saúde de Aquidauana e Sidrolândia se tornaram o epicentro do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Além disso, Aquidauana está em nível de alerta máximo para a pandemia. Os dados são de um estudo feito por pesquisadores de universidades públicas sobre a Covid-19 em MS.

O relatório foi elaborado por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia) e analisa os dados de Covid-19 em MS da 31ª à 33ª semana epidemiológica, ou seja, do dia 1º a 15 de agosto.

Aquidauana, assim como Campo Grande, está com nível de alerta máximo para o coronavírus. O nível de alerta subiu de 4,59 para 5,82 nas últimas semanas. Sidrolândia registrou aumento de 4,26 para 4,46; Nioaque apresentou avanço da doença e saiu do iMM (índice de morbimortalidade) 2,16 (alerta 3) para 4,44 aumentando para 4 o nível de alerta. Miranda subiu de 3,15 para 4,31 (nível de alerta 4). Ainda segundo o relatório, Sidrolândia, Nioaque e Miranda caminham de forma acelerada para o nível de alerta 5, se nada for feito para conter a doença.

“Chamamos atenção que na macrorregião de saúde de Campo Grande, além do município de Campo Grande, a microrregião de saúde de Aquidauana e Sidrolândia passaram a fazer parte do epicentro da pandemia no estado de Mato Grosso do Sul", reflete a pesquisadora e professora da UFMS, Ana Paula Archanjo Batarce.

Além desse crescimento, Anastácio saiu do nível de alerta 3 para o 4 (de 2,18 para 2,81 de iMM) e Dois Irmãos do Buriti registrou aumento do iMM de 2,16 para 3,45, avançando para o nível de alerta 4.

Em Aquidauana, das 37 mortes registradas, 18 são de indígenas nas aldeias, conforme dados do boletim epidemiológico municipal de domingo (23). Os pesquisadores afirmam que a situação da pandemia é ainda mais preocupante quando atinge populações vulneráveis, como os indígenas.

"Outro aspecto a ser considerado nos resultados encontrados é a quantidade de população indígena acometida pela doença e que vieram a óbito. Do total de casos confirmados até 15 de agosto (23.299 casos), 6,56% correspondem a indígenas (1.529 casos). Já em relação ao total de óbitos (370 óbitos), a mortalidade de indígenas representa 10,81% das mortes (40 óbitos)", denuncia a professora e pesquisadora da UFMS, Eva Teixeira dos Santos.

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