Com a aprovação da proposta de permanência de acadêmicos cotistas, ontem, foi encerrada a capacitação em Políticas de Ações Afirmativas da Comunidade Universitária II, promovida pela UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, com o apoio do governo do Estado, através da Coordenadoria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (CPPIR), entre os dias 18 e 20 de julho em dois pólos, Campo Grande e Dourados.

A professora-coordenadora do evento e chefe do Núcleo de Estudos Étnico-Raciais da Universidade Estadual, Maria de Lourdes, esclarece que a primeira capacitação, em fevereiro, preocupou-se com o debate em torno das cotas para negros e índios, implantadas em 2003. Já nesta segunda etapa, segundo ela, “a preocupação é com a permanência desses acadêmicos, só o acesso não resolve por si só, e as condições para ter sucesso, para inserção no mercado de trabalho?!”, questiona.

Entretanto, Lourdes informa também que ainda não é possível traçar um diagnóstico da situação dos egressos beneficiados com as cotas, já que não houve tempo hábil. Mas quanto à política de cotas em si, Maria de Lourdes opinou que quase não apresenta objeções, “quase não temos entraves como havia no começo”.

Um dos objetivos da capacitação de professores e acadêmicos é “instrumentalizá-los” na elaboração e aplicação de políticas de permanência dos acadêmicos negros e indígenas, e no que, segundo declara Lourdes, a CPPIR tem contribuído. Ela se refere às políticas de permanência citando projeto pedagógico específico e trabalho da auto-estima.

Como enfatizou a coordenadora do programa, o trabalho de capacitação de professores e acadêmicos da UEMS é pioneiro.

Alcindo Rocha - APn