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Geral

Aprovação no exame OAB é cada vez menor

18 de maio de 2005 - 15:38

Para exercer a profissão de advogado é necessário cumprir algumas etapas básicas. Depois de se formar em um curso de graduação em Direito, o candidato deverá ser aprovada no exame realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

Ser aprovado nesse exame exige muito conhecimento e dedicação aos estudos. A conquista ganha grande importância já que cada vez mais aumenta o número de reprovações. O assunto volta a ganhar destaque depois da divulgação do resultado da primeira fase das provas realizadas pela OAB de São Paulo, onde, dos mais de 20 mil inscritos, quase 18 mil reprovaram. O percentual de aprovados foi de 12,2%.

Em Mato Grosso do Sul, o exame da Ordem é realizado em duas fases. Na primeira, a prova é composta de 100 questões objetivas. Somente os candidatos aprovados ficam aptos para a segunda fase, onde são apresentados quatro problemas a serem resolvidos, que equivalem a quatro pontos, e uma peça processual a ser elaborada, que diz respeito aos seis pontos restantes.

No 81º exame realizado pela OAB/MS foram aprovados 33% dos candidatos na primeira fase, a segunda fase ainda não foi concluída. No 80º exame, o índice de aprovação foi de 13% nas duas fases do concurso e no 79º, os aprovados perfizeram 16% dos inscritos. Para o Presidente da Comissão de Estágios e Exames da OAB/MS, Antônio César Lacerda, “é grande a preocupação com o alto índice de reprovação verificado nas seccionais da OAB de todo o país”. Segundo ele, esse índice é devido ao aumento de cursos de direito no país e aos bacharéis que não estão se preparando para as provas.

Em todo o país, anualmente, são oferecidas cerca de 130 mil vagas nos bancos de 900 faculdades de Direito. Em Mato Grosso do Sul, são 20 faculdades, que somam mais de dois mil novos alunos a cada ano.

Para o acadêmico do 8º semestre de Direito, Arlindo Muniz, “é importante a seleção porque os alunos se formam despreparados e os órgãos governamentais nem sempre cobram das faculdades que tenham um bom nível de ensino. Então, cabe às entidades de classe estabelecerem essa regulamentação, porque quem sai prejudicado com a má formação dos profissionais é a sociedade. No entanto, falta à OAB didática, já que as questões das provas nem sempre são pertinentes aos problemas enfrentados na vida prática, isso se deve aos juristas não terem formação pedagógica. As provas deveriam ser elaboradas por profissionais do Direito em parceria com profissionais da educação.

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