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Geral

Apresentação de Nossa Senhora

Redação - 21 de novembro de 2018 - 09:00


Hoje a Igreja celebra a festa da apresentação de Nossa Senhora no templo, fato que embora tenha realmente acontecido – pois se tratava de uma tradição judaica – não está registrado na Bíblia. Como a Sagrada Escritura não faz qualquer referência à infância de Maria, a devoção para com a mãe do Salvador foi buscar nos livros apócrifos e, em especial no Evangelho de Tiago, fatos e pormenores sobre sua infância. Livros apócrifos são escritos dos primeiros tempos do cristianismo que a Igreja não considera como havendo sido inspirados e por isso não constam da Sagrada Escritura. Têm, contudo, a sua importância e algumas vezes ajudam na compreensão de alguns acontecimentos da história do povo bíblico. Segundo os manuscritos apócrifos, a apresentação de Maria no templo foi revestida de solenidade e cercada de fatos prodigiosos. Entretanto se levarmos em conta o que os evangelistas narram sobre Maria, é muito pouco provável que os acontecimentos daquele dia tenham ocorrido, como dizem os apócrifos. A apresentação com certeza se realizou, visto que Joaquim e Ana, pais de Maria, eram judeus piedosos. Deve, porém, ter acontecido num clima de muita singeleza, de acordo com o espírito de humildade e simplicidade que reinava naquela família. A festa de apresentação de Nossa Senhora teve origem provavelmente em novembro de 543, por ocasião da dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, em Jerusalém. A celebração começou no Oriente, espalhando-se depois pelo Ocidente. No princípio do século XIII a festa foi introduzida na Inglaterra, com o nome de Festa da Oblação de Maria e, na Hungria, com o nome de Representação de Santa Maria. Mas só em 1372 a Santa Sé admitiu oficialmente a festa que, a partir dessa data, foi se estendendo pela Europa, levada pelos carmelitas, cartuxos, cistercienses e agostinianos. Em 1505 a festa passou a fazer parte do Missal Romano. Do ponto de vista ecumênico, essa celebração tem um valor altamente significativo, uma vez que permite que cristãos dos dois lados do mundo se unam para celebrar a apresentação e oferta de Maria a Deus.

No passado, Joaquim e Ana ofereceram a Deus o que tinham de mais precioso: Maria, sua única filha. Alguns anos depois Maria vai ao templo para oferecer a Deus o que tinha de mais precioso: Jesus, seu filho único. E hoje, o que estamos nós oferecendo a Deus? As migalhas e sobras de nosso tempo, de nossos dons, do que somos e temos? Ou como Ana e Joaquim que ofereceram Maria, e como Maria que ofereceu Jesus, estamos oferecendo a Deus o que temos de mais precioso: nosso coração e nossa vida?

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