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Após treino diferenciado, brasileira quer incomodar

Site Oficial da São Silvestre/Bruno Ceccon e Carolina Canossa - 31 de dezembro de 2009 - 00:40

Quinta colocada na São Silvestre de 2007, Marily dos Santos decidiu mudar o treinamento para a edição seguinte da prova. Poupando-se mais nas semanas anteriores à corrida e fazendo treinamento na altitude de Campos do Jordão, a alagoana conseguiu evoluir para o terceiro lugar no ano passado. A fórmula foi repetida agora e, cheia de confiança, a atleta é a única das principais favoritas brasileiras a prometer dar trabalho para as estrangeiras Derartu Tulu, Margaret Okayo e Olivera Jevtic.

"Com certeza venho para fazer uma boa prova e lutar de igual para igual com as quenianas e a etíope. Eu posso até não chegar na frente, mas que elas vão se sentir incomodadas, isso vão. Vou incomodar mesmo, até onde puder. Elas se sentirão muito impacientes comigo", cometou a fundista, que nunca conseguiu vencer a São Silvestre - o Brasil tem cinco títulos no feminino: Carmem Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Rezende (2002) e Lucelia Peres (2006).

A presença de estrangeiros nas provas realizadas no Brasil tem incomodado os representantes do país. Em janeiro, inclusive, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) estabeleceu uma norma na qual são permitidos apenas três "gringos" por país em cada disputa - foi aberta uma exceção para a São Silvestre e por isso a prova desta temporada contará com cinco quenianos no masculino.

Marily, entretanto, garante não se importar com a invasão dos africanos. "Nunca vi tantos estrageiros como colocaram agora na São Silvestre e o nível está muito forte. O que a gente tem que fazer? Não reclamar. Eu não vou reclamar. Minha única opção é treinar para chegar até elas porque ninguém é imbatível", declarou.

Para conquistar o sonhado título, a alagoana trocou o estado de São Paulo pela Bahia. "Treinei na Chapada (1500m), altitude de pobre, mas pouco com Deus é muito", afirmou a corredora, provocando risos entre jornalistas e atletas. "Estava excelente e deu para treinar direito. Estava precisando disto para me sentir bem para a São Silvestre", explicou.

Problema no ano passado, o fator psicológico também deve impulsionar Marily agora. \"Minha mãe estava na UTI na São Silvestre de 2008 (após um AVC) e, assim, não tem como uma filha correr com a cabeça no lugar. Só vim porque minhas irmãs pediram para que eu corresse, já que se minha mãe melhorasse ela não se sentiria bem em saber que eu não tinha vindo para a São Silvestre por causa disso. Mas este ano, estou bem", destacou.

A 85ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre será realizada nesta quinta-feira. Às 14h40 (de Brasília), partem os cadeirantes e handcycle (masculino e feminino). Às 14h45, saem os demais atletas com deficiência. A elite feminina começa às 16h25. Às 16h42, a elite masculina e o restante dos competidores iniciam a disputa.

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