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Após reunião, Delcídio e Zeca não afinam discurso

Inara Silva e Fabiana Silvestre/Campo Grande News - 03 de setembro de 2005 - 17:20

Depois de quase quatro horas de reunião, as lideranças do PT deixaram ao encontro realizado em Campo Grande satisfeitas e anunciaram que as divergências internas foram superadas. O evento, que teve a participação do governador Zeca do PT e do senador Delcídio do Amaral, resultou em quatro resoluções, que segundo Zeca, serão divulgadas amplamente na imprensa. O governador garantiu que o senador Delcídio do Amaral não deve deixar a legenda e será candidato ao governo do Estado no ano que vem. Enquanto a maioria das lideranças, entre elas o governador, demonstrou satisfação com o encontro, o senador não apresentava a mesma certeza de que as divergências estão superadas. “Foi uma longa discussão, foi um debate duro, difícil e, muitas vezes, com palavras duras, mas importante para que tudo fosse esclarecido”, explicou o senador. Delcídio voltou a dizer que o PT tem muita forca, mas precisa trabalhar junto com os aliados. Nesta semana, a base do governo, que está fragilizada, sofreu a primeira perda com a saída do PTB.

Resoluções - Entre as quatro decisões da reunião que serão desenvolvidas nos próximos dias o primeiro ponto ressaltado pelo governador foi a determinação interna de unificar o partido para construir o projeto político para 2006. A partir desta semana, o governador, o senador e o vice-governador Egon Krakhecke vão começar a discutir e a formatar um novo projeto político para as eleições internas do PT.
O governador não quis dizer se alguns dos candidatos vão retirar a candidatura e preferiu não apontar de forma concreta, mas disse apenas que vão discutir eleições internas do partido. Delcídio apoiava o nome de Saulo Monteiro e não contava com aprovação de Zeca.
O segundo tópico das decisões, segundo o governador, é que na reunião deste sábado, as lideranças e o governador manifestaram apoio “claro e irrestrito” ao senador Delcídio. O governador afirmou que isso pelo fato do senador ter assumido a postura de conduzir bem e levar apurações na última conseqüência à frente da CPI dos Correios. Para Zeca, esse postura “só o credencia a ser o nome para disputar o governo do Estado”.
O terceiro ponto acordado na reunião foi que o PT vai buscar a reaproximação com a base aliada e o quarto e ultimo item de resoluções é a retomada para a rua. O governador explicou, que a partir da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Mato Grosso do Sul, prevista para 18 de setembro, o partido vai estar nas ruas. Zeca do PT disse que a intenção é transformar a presença de Lula em dois atos de apoio ao presidente e a candidatura do senador Delcídio no Estado.

Permanência no PT Zeca reiterou ainda que delcídio continua mesmo no partido. O Delcídio, segundo o governador, “é uma pessoa muito cara e muito querida, nossa parceria com o senador é um projeto antigo. Nós o trouxemos ao PT e o elegemos. Nós temos muito orgulho do Delcídio, principalmente, agora que ele tem toda essa visibilidade nacional”.
De acordo com Zeca, não havia aresta a ser aparada neste encontro. Em relação a um possível mal entendido, o governador afirmou que pode ter ocorrido por conta de dois fatores: informações divulgadas na imprensa e as agendas de ambos repletas de compromissos. “Vamos juntos construir projeto político para 2006”, disse o senador. Delcídio do Amaral admitiu que tem sido sondado para sair do partido, mas afirmou que isso é natural do jogo político e reafirmou que é do PT e vai trabalhar pelo projeto político de 2006. “Muitas vem sendo sondados para sair do PT”, afirmou ele lembrando nomes como de Eduardo Suplicy, Cristóvam Buarque e Aloísio Mercadante.

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