O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu na noite de ontem que o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), lançado na última segunda-feira, poderá sofrer mudanças, após ser contactado por um governador que expressou o descontentamento de vários outros em relação à proposta. A informação consta em reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de São Paulo.

Um dos queixosos é o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, que destacou que o único projeto do Estado contemplado é um estudo e que vai insistir com os dois que ficaram de fora – sobre rodovias – e outros ainda não apresentados. No dia 6 de março haverá reunião em Brasília (DF) em que os governadores devem apresentar impressões ao ministro de Planejamento, Paulo Bernardo e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.

O governador que teria conversado ontem por telefone com o presidente teria alertado que a animosidade atingiu inclusive governadores politicamente alinhados com o Planalto. Lula disse que o PAC não é uma “obra fechada” e que, diante das notícias publicadas na mídia, já havia determinado à ministra Dilma Rousseff que procure os governadores. Afirmou que aceitará sugestões que não conflitem com o objetivo do projeto, de retomar o crescimento econômico.