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Após mais de 9h acorrentada, mãe abandona Universal

Campo Grande News/ João Humberto e Danúbia Burema - 14 de maio de 2010 - 08:08

Depois de permanecer mais de 9 horas acorrentada em frente à Igreja Universal do Reino de Deus, no centro de Campo Grande, Sueli Ferreira de Moura abandonou o local e foi para sua casa exatamente às 21h15 de ontem, quando o último membro saiu do templo e as luzes da igreja foram apagadas.

Ela acusa a Igreja Universal de ter feito lavagem cerebral e explorado o seu filho, um adolescente de 17 anos. A mãe disse que nunca pediu para o jovem sair da igreja, mas que não vivesse sendo explorado, dando tudo o que era dele e da família para pastores.

Uma conselheira tutelar que também é obreira da Universal telefonou para Sueli e disse que em breve ela será convocada a prestar depoimento sobre o protesto. Ela afirmou que há 15 dias foi ao Conselho e chegou a ser atendida pela mesma conselheira, só que a profissional, segundo a mãe, não fez nada.

Em todo o tempo que ficou em frente à Universal, Sueli contou com o apoio de amigas. Uma delas disse ao Campo Grande News que em nenhum momento um obreiro ou bispo da igreja foi conversar com elas.

Informada de que o filho talvez fosse encaminhado ao Conselho Tutelar, Sueli ficou desesperada e clamou por uma advogado em frente à igreja. Horas depois, dois funcionários do serviço de acolhimento da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) chegaram ao local, não quiseram se identificar, e tentaram convencer o adolescente a ir para um abrigo passar a noite e jantar.

Aos gritos, Sueli contestou a ação, afirmando que os profissionais estavam ali para induzir seu filho a ir para um abrigo de mendigos. Bastante abalado com o estado emocional da mãe, o jovem prometeu ir para casa, mas demonstrou muita preocupação com Sueli.

O adolescente foi embora para casa na Kombi da SAS, com a promessa de que chegaria ao destino onde mora com a mãe. Uma psicóloga esteve no local conversando com Sueli.

Sueli afirmou que amanhã à tarde irá procurar novamente o Conselho Tutelar para que o órgão a auxilie a reconduzir o filho a uma vida normal. O adolescente já está em casa.

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