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Após fechar unidade em Coxim, possível saída do MPF da fronteira gera temor

Campo Grande News - 24 de agosto de 2019 - 08:20

Após encerrar no início do ano os atendimentos presenciais à população em Coxim –a 260 km de Campo Grande–, o MPF (Ministério Público Federal) estaria ensaiando sua saída de outro município. A diferença desta vez, porém, estaria na motivação da mudança: se o encerramento do atendimento físico no norte do Estado se deu por questões logísticas e de economia interna, o “fechamento” da unidade em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai e distante 329 km da Capital, teria como ingrediente a falta de segurança.

O alerta foi dado na quinta-feira (22) pelo presidente da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil/Seccional de Mato Grosso do Sul) que, na abertura do 2º Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, em Campo Grande, demonstrou preocupação com a saída do MPF da região vizinha ao Paraguai –dominada pelo crime organizado e palco de apreensões, disputas entre facções e execuções.

Segundo Karmouche, o MPF teria manifestado a intenção de encerrar as atividades em Ponta Porã, transferindo os atendimentos para Dourados, “por falta de estrutura e de segurança”, o que abriria espaço para as organizações criminosas combatidas pela segurança brasileira.

No início do ano, os atendimentos presenciais do MPF foram suspensos em Coxim, conforme apurou a reportagem, por conta de melhorias na logística e racionalização de recursos. Os serviços foram concentrados em Campo Grande, sendo que demandas seguem atendidas pela internet, por meio do site do órgão.

A reportagem contatou a assessoria da Procuradoria-Geral da República para questionar sobre as informações divulgadas por Karmouche, mas não obteve resposta até a veiculação desta reportagem.

Durante o fórum de segurança na fronteira, também foi abordada a situação da Polícia Federal em Ponta Porã, que convive com uma estrutura física deficitária. Superintendente do órgão no Estado, Cleo Mazzotti informou que a PF conclui projeto-base executivo para lançar licitação, na ordem de R$ 10 milhões, para reforma do prédio ocupado há cerca de 40 anos.

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