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Após duas mortes por meningite, busca por vacinas cresce

Bianca Cegati - Campo Grande News - 22 de julho de 2008 - 14:37

Com o aumento da incidência de casos de meningite devido ao inverno e à baixa umidade do ar, a procura pelas vacinas que imunizam contra a doença e não são oferecidas no calendário nacional de vacinação tem crescido em Campo Grande.

Somente na Santa Casa da Capital foram registradas duas mortes de crianças menores de seis anos em menos de duas semanas em função da doença. E até a semana passada pelo menos quatro pessoas já haviam dado entrada no hospital com quadro de meningite. Na última contagem do Ministério da Saúde, no ano de 2006, 267 casos foram confirmados em Mato Grosso do Sul.

Apesar de algumas das vacinas fornecidas pelo governo federal gratuitamente, como a Triviral, a BCG e a Anti-haemophilus, imunizarem contra alguns tipos de meningites, dois dos tipos mais perigosos da doença só são prevenidos por meio de vacinas pagas.

Hoje, em Campo Grande, as vacinas Anti-pneumocócica e Anti-meningocócia Sorogrupo C custam entre R$ 269 e R$ 280 e R$ 110 e R$ 133, respectivamente.

A imunização pode ser encontrada nos hospitais São Lucas, durante todo o dia, da Criança, das 7 às 19 horas, e El Kadri, das 8 às 12 horas e das 13 às 19 horas, sendo que neste as vacinas estão esgotadas e deve haver a chegada de novas doses em breve. Em alguns dos centros de saúde é exigida receita médica.

No El Kadri, em apenas dois dias foram aplicadas 30 vacinas, quando a média diária era de três. No Hospital da Criança também houve aumento: o número de vacinações dobrou de cinco para dez por dia.

De acordo com dados do Instituto Pedro Arthur que realiza a campanha “Brasil sem Meningite” a doença atinge com maior facilidade crianças com até cinco anos de idade, mas também é risco para adultos. As vacinas devem ser dadas em duas ou três doses até o primeiro ano de idade e em seguida, em uma dose, respeitando a orientação médica.

O Instituto, no entanto, vem buscando a inclusão das duas vacinas na imunização gratuita oferecida pelo Ministério da Saúde e até novembro deve apresentar um projeto no Congresso Federal.

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