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Após decisão do TSE, Tita quer vaga de Ari Artuzi

Graciliano Rocha - Campo Grande News - 26 de outubro de 2007 - 14:01

O deputado estadual Ari Artuzi, que trocou o PMDB pelo PDT em setembro, é o primeiro político que está sob risco concreto de perder o mandato depois da decisão do STF que pune a infidelidade partidária.

O ex-prefeito de Paranaíba Diogo Robalinho de Queiroz, o Tita, disse hoje que espera assumir uma cadeira na Assembléia Legislativa. Ontem, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu que, além do partido que perdeu o parlamentar, o suplente da coligação pode ingressar com ação para obter o mandato do infiel.

“Nunca mudei de partido e a região do Bolsão não tem representação. O PMDB não pode se recusar de abdicar desse direito que é meu e do meu partido”, disse Tita.

Ele é o segundo suplente do PMDB. A primeira, Celina Jallad, assumiu a vaga aberta por Carlos Marun, que se licenciou da Assembléia para ser secretário estadual de Habitação.

Tita disse que só entrará pessoalmente com a ação contra Artuzi, se o PMDB se recusar a fazê-lo. “Esta é uma hora boa do Tita e a região do Bolsão saberem se o Bolsão tem prestígio no partido”, afirmou.

Embaralhando a sucessão – Embora diga que o governador André Puccinelli (PMDB) não é o articulador da manobra que pode levá-lo à Assembléia, a ação de Tita pode ser um instrumento para embaralhar o quadro sucessório em Dourados, segundo maior colégio do Estado.

Com a filiação do deputado federal Geraldo Resende ao PMDB, Artuzi deixou o partido para tentar viabilizar sua candidatura a prefeito. O deputado costuma citar pesquisas locais que o apontariam com mais de 50% de preferência. Tão logo se filiou ao PDT, Puccinelli – que bancou a filiação de Resende – cortou todos os cargos que Artuzi tinha no governo. Nem o motorista escapou da degola. A incursão de Tita para cima do mandato poderá ter o efeito de asfixiar financeiramente a pretensão eleitoral do douradense.

O mandato de deputado estadual permite a Artuzi manter uma estrutura de assistencialismo em Dourados que dá suporte à sua pretensão eleitoral. O bunker político de Artuzi fica no bairro Canaã I, seu reduto eleitoral em Dourados. O “Centro de Atendimento Ari Artuzi” é um prédio onde pessoas de baixa renda conseguem de graça “programas” de reforço escolar ou de lazer para idosos. O deputado mantém ainda um serviço de transporte de pessoas para hospitais, velórios e enterros. Só com combustível o gasto do gabinete de Artuzi ultrapassaria R$ 9 mil por mês.

O sossego de Geraldo - Outro suplente do PMDB demonstra bem menos ímpeto que Tita. O radialista Marçal Filho poderia voltar à Câmara dos Deputados com a possibilidade de cassação do deputado federal Geraldo Resende. Marçal preside o PMDB de Dourados.

“Eu particularmente não vou entrar com nenhuma ação, porque eu acho que é um problema ético, sendo que se trata de um companheiro de partido”, comentou ele nesta sexta-feira.

“Estamos todos engajados para que o Geraldo seja o candidato e ele está disposto”, disse Marçal.

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